— você pode ir conosco na partida de golfe! — Mei diz com um sorriso nos lábios.
— não! À partida de golfe não! — Jimmy bufa atrás de mim
— Por que não? Seria uma ótima maneira de ela conhecer nossos pais. — Mei fala alegremente olhando para todos enquanto um silêncio se molda entre nós.
— isso é coisa de gente velha. — Jimmy resmunga.
Observo Bruce que está atento em qualquer coisa que não seja o assunto tratado em questão. Volto minha atenção para Mei que está ansiosa.
— tudo bem, eu aceito o seu convite. — digo dando um sorriso fraco e Mei dá um grito de felicidade e me abraça.
— ótimo! Neste domingo, Bruce passa na sua casa. Ok? — ela fala esperando minha resposta e eu só afirmo em um sinal com a cabeça. Mei vibra novamente e sorri para mim. — você também vem não é Jimmy?
— eu? Me desculpe! — ele diz amarrando seu cabelo em um coque frouxo. — mas meu hobby não é ter que assistir idosos jogando uma bola dentro de um buraco.
Mei revira os olhos e continua:
— tudo bem. Então até domingo Charlotte. Foi um prazer conhecê-la.
— igualmente. — digo lançando um meu melhor sorriso.
— e você também garotão! — Mei diz agachada e passando a mão na cabeça do labrador, que lambe sua mão.
— venha Jimmy. — Mei se levanta e diz puxando a camisa dele o forçando a andar.
— para onde nos vamos?
— fazer compras. — ela diz ainda puxando sua camisa.
— o que? Eu odeio fazer compras e você sabe disso. — ele reclama, mas Mei bate em sua cabeça o que o faz calar a boca.
Bruce e eu observamos a cena rindo. Depois ele se aproxima e fica na minha frente.
— me desculpe, a Mei é muito imprevisível, eu não sabia. — Bruce passa a mão em seus cabelos molhados e continua — você não quiser ir, eu digo que você precisou fazer algo de última hora e... — eu o interrompo.
— não precisa. Eu quero ir. — ele estreia suas sobrancelhas e aproxima seu rosto do meu
— quem é você e o que você fez com a Charlotte?
— ah! Qual é! Vai ser legal. — Bruce ainda está com um olhar de dúvida sobre mim o que me faz rir de sua cara.
— se você diz. — ele fala colocando suas mãos nos bolsos da frente de sua calça de moletom.
Bruce e eu voltamos a caminhar em silêncio. Mas algo está diferente. O silêncio não nos incomoda mais. É como se estivesse tudo se encaixando e pela a primeira vez eu sinto uma leveza um calor confortante em meu coração.
No caminho de volta à minha casa, nós conversamos e Bruce pergunta sobre o cachorro.
— ele gostou de você. — digo
— quem não gosta de mim? — ele diz me arrancando um sorriso. — como esta sua mãe?— Bruce pergunta mudando de assunto.
— está bem. — respiro fundo e olho para o cachorro que brinca com um galho entre os dentes.
— foi muito bonito o que sua mãe fez por ele. — Bruce diz em um sinal com a cabeça, se referindo a bola de pelos em nossa frente.
— eu sei. Ela e seu coração gigante. — digo e novamente um silêncio se molda no ar. Mas ele não me incomoda.
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Amor Que Habita
RomansaNós tínhamos tudo para dar certo. Mas parece que eu me enganei. Não se pode acreditar num amor cegamente, por mais perfeito que ele pareça. Mas o nosso amor, ainda habita em mim. E eu me culpo amargamente por isso. PLÁGIO É CRIME PROIBIDA PARA...