Vinte e seis

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Depois de terminar o trabalho na casa de Bruce, me encaminho em direção a minha casa. O caminho não é tão longo e rapidamente chego. Vejo minha mãe na entrada, sentada numa cadeira de balanço com um filhote deitado em seus pés.

Estaciono o carro e caminho em sua direção:

— Mãe, por que tem um cachorro nos seus pés? — pergunto apontando a chave do carro para o filhote, que dorme tranquilamente.

— Eu o achei na rua, hoje de manhã, no caminho do trabalho. Não consegui vê-lo daquele jeito. — ela diz passando as mãos nos pelos claros do cachorro.

Minha mãe sempre foi assim. Coração maior do que seu peito suporta.

Sorrio e me agacho para ver a bola de pelo na minha frente.

— você já escolheu um nome? — pergunto acariciando a pelugem escura.

— estava esperando você chegar.

Penso um pouco e digo:

— sushi.

— por que colocar nome de comida, num cachorro?

— porque eu amo sushi. — digo como se fosse óbvio.

Minha mãe ri.

— como foi na casa do Bruce? — ela pergunta me tirando o foco no sushi e passando para ela

Ela tinha que tocar nesse assunto?

— Normal. — digo me levantando. Olho para ela que arqueia a sobrancelha — o que? — pergunto irritada.

— Nada. — minha mãe se levanta e vai em direção à sala rindo.

O que deu nela?

Quando eu decido entrar, ouço um rosnado atrás de mim e vejo o sushi acordando. Ele se espreguiça e quando abre os olhos vejo lindas íris cor de chocolate.

O labrador olha para mim e vem até meu pé cheira, depois lambe. Sinto cócegas e o pego em meus braços.

— O que foi? Você quer passear? — pergunto e ele late, como se soubesse o que eu estou falando.

Rio sozinha e aviso a minha mãe que vou passar com cachorro. Ela me diz para eu comprar uma coleira antes.

Devido levá-lo no carro.

— é melhor você não sujar meu carro. — aviso e ele late lambendo meu dedo.

Sigo em direção ao pet shop mais próximo. Depois para casa e visto uma roupa para fazer caminhada. Coloco a coleira no sushi e caminho pelas as ruas.

O bom de morar no meu bairro é que perto tem uma praça, onde todos costumam fazer um pouco de tudo.

Coloco música em meu celular e começo a correr. Até que vejo uma mensagem em meu celular de Jimmy.

— Você não vai me contar o que aconteceu no escritório do pai do Bruce?

Reviro os olhos e o mando ir a merda.

Jimmy sendo Jimmy.

Quando bloqueio meu celular acabo me esbarrando em uma pessoa e vou em direção ao chão. Dou de cara com um peitoral forte.

Solto um gemido pelo o impacto e quando olho para cima e a primeira coisa que vejo são olhos verdes.

Falando no Diabo.

Amor Que HabitaOnde histórias criam vida. Descubra agora