Capítulo 4

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Donald estava em seu escritório, bebendo ao lado de sua esposa, quando as luzes começaram a piscar. De repente, ouve-se passos e uma linda mulher de salto alto e vestido preto, entra, abrindo a porta sem tocar nela. A moça aparentava ser jovem, tinha cabelos longos e castanhos, olhos penetrantes delineados com lápis preto e sua boca pintada com um tom de vermelho cereja deixando-a ainda mais sedutora.

- Não esperava que fosse assim que gostaria de passar seu último momento em vida... - ela diz num tom debochado.

- Não tem nada melhor do que estar em sua casa, com sua família e tomando um bom uísque. - Responde ele. - Claro que provavelmente você não saiba como é isso.

- Quanta audácia e estupidez. Bom, isso vai ser rápido porque tenho outros compromissos - olha para a esposa de Donald. - Hora de se retirar. A não ser que queira assistir a morte do seu marido. - Sorri.

- Por favor não faça isso! Ele é um bom homem e não merece morrer dessa forma. - a esposa começa a chorar desesperadamente.

- Pelo contrário! É exatamente o que ele merece. Foi escolha dele e agora terá de arcar com as consequências. Saia antes que eu mate você também. - Harley explode uma lâmpada magicamente.

- Não! - Donald protesta. - Querida, por favor, saia. Eu te amo, cuide bem das crianças. - Os dois beijam-se e depois ela sai aos prantos.

- Ah, que comovente...acha que isso vai me fazer poupar sua vida? - ela dá passos lentos adiante.

- Na verdade eu só queria ganhar tempo, para você ficar no lugar certo. Não vou entregar minha alma tão facilmente. - Ele olha para cima. - Andei estudando minhas oponentes, Harley.

Harley acompanha o olhar dele e vê alguns símbolos pintados no teto. E sorri.

- São símbolos para prender bruxas e demônios - diz Donald. - E essa arma... - pega um revólver e aponta para ela. - Foi fabricada especialmente para matar vocês. Eu vou atirar na sua cabeça e queimar seu corpo. Depois vou enviar as cinzas pra sua mãe.

- Que belo plano, só não se esqueça que Donatella nunca perde alguém, se não for eu, outra pessoa vai te pegar, não tem como escapar. Somos capazes de ir até o inferno atrás de você e quanto mais fugir, mais interessante fica a caçada! - provoca-o.

- Pelo menos, eu vou ter tirado algo dela, a filha favorita. Tenho certeza de que Donatella vai sentir muito sua falta. Agora... - Ele puxa o cão da arma para trás, ouvindo-se um clique, engatilhando o revólver - Suas últimas palavras?

- Estou surpresa, admito. Mas você deixou escapar uma coisinha. - Harley caminha lentamente na direção dele. - Eu não sou bruxa e muito menos um demônio.

Ela joga a arma de Donald longe, apenas com seu poder mental, e o levanta bem alto. Enforca-o um pouco e depois joga ele na parede, do outro lado da sala, com força.

As paredes começam a rachar, ameaçando desabar. Harley finaliza quebrando todos os ossos de Donald com um simples movimento de mão.

O teto do escritório começou a desabar e ela sai de lá vitoriosa como uma rainha.

Como sua mãe disse que a mansão em que Donald morava também fazia parte do contrato, ela deveria destruí-la. Então, Harley causa um incêndio, que começa do escritório e se espalha pelo resto da casa, enquanto ela caminha em direção à saída.

Ao sair da casa em chamas, Harley estala os dedos, trazendo a esposa e os filhos de Donald para a calçada, longe do fogo que destruía toda a propriedade.

- Para onde vamos agora? – questionou a esposa, aos prantos.

Harley para e dá meia volta, olhando para a mulher com seus filhos.

American Horror Story: Cursed ChildrenOnde histórias criam vida. Descubra agora