Capítulo 5

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Depois que a festa acabou, Donatella volta sua atenção para Michael.

- O que achou da festa? - diz com um leve sorriso.

- Suas festas são mesmo diferentes das outras, até que foi legal. - Responde Michael.

- Eu não disse? Então, já pensou se vai ou não se juntar a nós?

- Não sei, talvez se respondesse algumas perguntas eu poderia me decidir.

- Ele já fez algumas perguntas pra Denise antes de matá-la. Pelo visto ele não vai desistir de obter respostas. - Comenta Barbra, entediada.

- Curiosidade é algo muito comum e aceitável, ele tem todo o direito de fazer perguntas, até porque aparecer assim de repente o convidando para morar conosco é algo muito suspeito para alguém desconhecido. Pode perguntar, Michael, estou disposta a responder todas elas.

- O que você faz? Quem realmente é e o que quer comigo? - diz Michael de uma forma direta e séria.

- Como eu já te disse, sou uma bruxa. Mas não como aquelas dos livros que morrem facilmente e são queimadas em fogueiras. No início eu até era assim, porém não me contento com pouco. Busquei o conhecimento, adquiri experiência e ainda busco porque é algo constante em nossas vidas. Tenho séculos de vida e aprendi a dominar todas as magias, a fazer todos os tipos de feitiços e rituais. Conheci os seres sobrenaturais, suas histórias, habilidades e vivi no meio dos homens para saber como são, o que pensam, o quanto são repugnantes, minúsculos e sujos. Agora respondendo a outra pergunta, o que eu faço é muito simples. Eu sobrevivo e comando o submundo. Não o inferno, mas o lado obscuro da terra, faço negócios com os humanos e as vezes com não-humanos. Realizo seus sonhos, sempre por um preço, é claro e convivo com os ignorantes fingindo ser apenas uma mulher rica e bem-sucedida. Mal sabem que eu sou isso e muito mais. - Responde rindo.

- Ainda falta a resposta da minha última pergunta...o que quer comigo?

- Eu sei de coisas que mais ninguém sabe, guardei tudo para mim, porque eu quis ter o meu próprio legado e construir a minha família. Quando matei Lilith em 1990, eu me tornei mãe de todos os demônios e foi aí que eu soube da existência dos peculiares. Você é um deles de certa forma, é especial e tem uma coisa que eu acho que já sabe, mas vou repetir. Está acima dos outros, os inferiores a você são seus escravos e eles precisam estar cientes disso. Também sabe que o apocalipse está próximo, não sabe?

- Eu não estou nem aí para o apocalipse! Quero mais é que o mundo acabe. – Diz Michael, despreocupado.

- Mas e depois? Onde estão seus objetivos? - pergunta Donatella. - Sinto muito em lhe informar, mas ainda existem superiores a você. O anticristo, é seu pai e está vivíssimo. Enquanto ele existir, você ainda não é nada.

- Como ousa dizer isso? - diz Michael enfurecido.

- Ela quer dizer que você pode tomar o lugar dele, e com o fim do mundo, pode governar da forma que quiser. - Barbra está perto dele, com a mão em seu peito tentando acalmá-lo.

- Exatamente. Você está destinado à grandes coisas. Junte-se a nós e cresça! Não vai se arrepender. - Donatella oferece um copo de uísque para Michael e ele aceita.

- Tá bom, vou ficar. Mas se caso me cansar dessas babaquices eu vou embora. - Toma um gole.

- Tem todo o direito. Bom, agora se me derem licença, vou dormir, estou muito cansada. Boa noite. - Ela se retira da sala e entra no elevador.

- Espera aí, vocês têm um elevador? - Ele olha para o elevador, meio surpreso.

- Claro que sim, acha que vamos ficar subindo esse monte de escadas todas as vezes? Ah tá! Mas enfim, fico feliz por ter aceito ficar. - Ela abre um sorriso malicioso e olha para ele com desejo - Vamos nos divertir bastante. Queria te pedir um favor, me encontre na frente do meu quarto amanhã.

American Horror Story: Cursed ChildrenOnde histórias criam vida. Descubra agora