American Horror Story: Cursed Children

Capítulo 23

 Harley's POV

 A Dark Paradise está um pouco cheia esta noite, os funcionários trabalham com agilidade e eficiência. Jack os treinou bem.

 - Que lugar lindo! Parece ter sido criado por vampiros descolados. Você vem sempre aqui? Não me diga que é sócia? - Dylan olha para mim com animação, parecia estar surpreso com a boate.

 - Não, eu não sou sócia. Jack gostaria que eu fosse, ele é descolado, mas não é um vampiro. - Rio e observo as pessoas se divertindo sob as luzes roxas da boate. - Gosto daqui, é um dos meus lugares favoritos da cidade. Costumo vir aqui quase todas as noites. - Suspiro, olhando em volta à procura de Jack.

 - Hum, vem aqui só porque é um lugar legal ou tem mais alguma coisa interessante por aqui? - ele abre um sorriso pervertido.

 - Você vai me entender. - Encontro Jack e ele sorri assim que me vê.

 - Ah...já entendi. Ele é bem gato.

 - Pensei que não viria hoje. - Olha, meio confuso.

 - Não pretendia. Mas o meu irmão veio nos visitar e me obrigou a sair de casa. - Lanço um olhar acusando-o - Você não queria que eu viesse?

 - Eu sempre quero que venha, Harley. Sabe disso. - Ele estende a mão direita para cumprimentar Dylan. - Eu sou Jack Mills. - Sorri simpaticamente.

 - É um prazer conhecê-lo, Jack Mills. Eu sou Dylan Stewart, irmão da Harley. - Ele aperta a mão dele.

 - Jack é o dono da Dark Paradise. Ele é um ótimo empreendedor e muito talentoso. - Elogio-o.

 - Ela é um pouco exagerada. Eu apenas gosto de ter o meu próprio negócio e quando vejo uma oportunidade, não perco tempo. Preciso falar com alguns funcionários, já volto. - Caminha até alguns rapazes que estão entregando petiscos e conversa com eles, adoro vê-lo dar ordens.

 - Há quanto tempo vocês transam? - ri, me provocando.

 - Você não perde tempo para lançar essas perguntas né? - ele me olha, esperando pela resposta. Reviro os olhos - Desde a primeira vez que eu vim aqui. - Admito.

 - Também não perde tempo né? Aqui parece ser uma boate diferente das outras, as pessoas estão comendo e não apenas enchendo a cara e dançando loucamente.

 - É assim que ele se destaca, pelo seu diferencial. Ela abre durante o dia, como um simples bar e à noite tem alguns shows e até liberam a ala do hotel para os clientes, para aqueles que querem um pouco mais de privacidade ou estão bêbados demais para voltar para casa.

 - Um Hotel?

 - Sim, antigamente aqui costumava ser um hotel, mas ele faliu e Jack comprou por um valor menor. Então ele dividiu em duas partes, um micro hotel e uma boate/bar que agrada todos os tipos de pessoas. E atualmente está investindo em um restaurante aqui em frente que ele acabou de comprar.

 - Uau, o boy é um partidão hein? - comenta meu irmão. - Um homem de negócios, rico, bonitão, inteligente e descolado.

 - É, ele é incrível. - Digo, com um sorriso no rosto.

 Vamos até o bar e sentamos nos bancos do balcão.

 - Como é o relacionamento de vocês? Amizade colorida, relacionamento aberto ou "ficando sério"?

 - Uma mistura de amizade colorida com ficando sério. - Ele me olha surpreso. - Nossa química é muito forte e temos uma certa amizade, contamos tudo um para o outro.

 - Então você o hipnotizou? Para poder falar da sua vida só hipnotizando a pessoa. Senão ela sai correndo ou te manda para o hospício.

 - Não foi necessário hipnotiza-lo. Ele se hipnotizou por mim sozinho. - Sorrio maliciosamente.