American Horror Story: Cursed Children

Capítulo 21

 Harley's POV

 Michael segura minhas mãos, para que eu não o soltasse, e fecha os olhos se recuperando. Ele respira profundamente e eu consigo sentir o que ele estava sentindo, por um momento estava conectada a ele. Barbra se aproxima furiosa.

 - Solte ele agora mesmo! Que putaria é essa? E ainda por cima na minha frente! - exclama ela.

 - Caia fora, Barbra. - Murmura Michael.

 - O quê? Você só pode estar brincando comigo! - continua ela.

 - Não é hora de discussões. Michael precisa se recuperar, ele obviamente não está bem e se Harley o soltar agora, a situação pode voltar a se repetir. - diz mamãe.

 - Vão para algum quarto, eu e Alejandro cuidaremos dos convidados, eles não podem se lembrar do ocorrido. E ainda têm os corpos para serem levados. - diz Raven.

 - Tá, eu já volto. - Mamãe usa seu poder para transportar nós três até um quarto na mansão Watson - pode soltá-lo, filha, está tudo bem agora.

 Faço o que ela disse e ajudo Michael a se levantar e ir para a cama. Ele senta na cama em silêncio, pensativo.

 - É a primeira vez que vejo Michael Langdon calado. No exato momento em que ele deveria dizer alguma coisa. - Falo.

 - Michael? Você está bem? O que houve? - pergunta minha mãe.

 - Nada, eu só estava tentando me divertir. Para mim essa festa já deu. - Ele nos olha seriamente.

 - Pode voltar para a festa, eu fico com ele. - Eles me olham, surpresos.

 - Por essa eu não esperava. - Michael sorri maliciosamente.

 - É que essa festa já deu para mim também. - Explico.

 - Ok, cuide dele. Amanhã conversaremos, Michael.

 - Sim, senhora mamãe. - Ironiza.

 Ela sai do quarto e penso na fera que Barb ficará quando souber que estou em um quarto com ele. Provavelmente, minha mãe passará a noite com Raven, Barbra virá procurar por uma boa briga comigo e eu não sei se quero passar a noite aqui.

 - Então...quando vai começar a tirar a roupa? Estou ansioso por isso.

 - Dá para parar com suas depravações pelo menos por um momento? O que houve não foi porque você quis, vai falar a respeito ou eu terei que te forçar? - Digo, seriamente.

 - Eu não tenho nada a dizer. Mas você sim, por que se deu o trabalho de me fazer parar?

 - Eu percebi que você não estava completamente consciente de suas ações e quando vi que ninguém mais conseguia te impedir, eu intervi. - Explico-me.

 - E você já sabia que podia fazer aquilo? - pergunta.

 - Não, estou me descobrindo com o tempo. De vez em quando alguma habilidade nova surge para me surpreender, mas não mude de assunto, o foco aqui é você. Não dá mais para ignorar o fato de que tem algo acontecendo e você nega toda vez que eu toco no assunto. Michael, você mesmo foi até o meu quarto pedir minha ajuda, não dá para fingir que isso não aconteceu!

 - Como se você se importasse! - diz, irritado - Você me odeia, por que estaria interessada em saber o que acontece ou não comigo?

 - Eu não odeio você, não completamente. Só não gosto da ideia de existir um filho do anticristo, e muito menos dele ser filho do Tate também. Mas eu reconheço que temos algumas semelhanças. O surto de poder, já aconteceu comigo e sei o quanto é ruim.