American Horror Story: Cursed Children

Capítulo 22

 Harley's POV

 - Que droga é essa que está acontecendo? Mais um Stewart bastardo? Por que nunca mencionaram esse viado? - exclama Barb.

 Rio, debochando. Ela não faz ideia do quanto Dylan é superior a ela.

 - Qual é a graça, vadia? - diz irritada.

 - Todo mundo conhece o Dylan, incluindo você. Acontece que a sua inveja era tão grande que mamãe precisou apagá-lo de sua memória. - Digo plenamente.

 - Uau, estou adorando assistir de camarote essa novela! Só falta a pipoca. - brinca Michael - Tem mais alguém vindo para a reunião em família?

 - Eu não acredito em você, até porque não tenho inveja de ninguém. Pelo contrário, são os outros que sentem inveja de mim.

 - Se você acredita ou não, é um problema seu, queridinha. Mas isso não muda a verdade, não altera o passado. - Digo sorrindo.

 - E por que eu sentiria inveja de um bastardo gay se eu sou perfeita? - pergunta, fazendo cara de nojo.

 - Porque ele foi o primeiro filho de Donatella Stewart. O "bastardo" veio primeiro que você e possui mais experiência, atenção da mamãe, mais particípio na empresa, que a propósito ele é vice-presidente e administra praticamente todas as Stewart Enterprises. Você nunca suportou a verdade, tem a necessidade de viver suas fantasias e se sentir superior, então você não aceitou o fato de que Dylan é melhor que você em todos os sentidos e sempre foi tratado como um filho biológico, assim como eu. Mamãe ficou preocupada com a Barbie mimada dela, então resolveu apagá-lo de sua memória quando ele foi para outro país, a trabalho.

 Michael apenas observava, rindo da situação.

 - Você só fala bobagens mesmo. Sua inveja é nítida, Harley, não venha inverter os papéis agora.  O sangue sempre será a ligação mais forte, principalmente perante a lei.

 - Eu tenho pena de você por pensar assim. Mas se você não acredita que mamãe apagou parte da sua memória, pode perguntar a ela, ou Martha, até o próprio Dylan vai confirmar isso. Agora se me derem licença, vou para o meu quarto continuar a ler meus cinquenta tons de cinza. - Sorrio maliciosamente e desapareço, os deixando a sós.

 OFF

 - Ah, como ela é repugnante! Você viu como ela me trata? Nunca vou considera-la como minha irmã.

 - Ela não disse nada demais, apenas o que você pediu para ouvir e tenho certeza de que ela não faz questão da sua consideração. - diz Michael com desdém.

 - É incrível o tamanho da sua indiferença quando se trata de mim. Você ao menos se importa comigo? Estou muito decepcionada com você.

 - Barbra, eu-não-ligo. Não ficou claro ainda? - responde Michael.

 - Que bom. Então não precisarei sentir nenhum remorso pelo que vou fazer. Estou terminando com você. E não adianta implorar ou se arrepender que não terá volta.

 Michael ri.

 - Finalmente! Finalmente você caiu na real! Nós nunca fomos um casal, não fomos feitos um para o outro, nem ao menos temos química. Estou tão aliviado agora, finalmente vai sair do meu pé. Mas estou curioso para saber o que te fez acordar e tomar essa decisão.

 - A realidade. Me dei conta de que você é perdidamente apaixonado pela Harley e para mim isso é uma humilhação da qual eu não mereço passar. E você também não me merece, sou boa demais para você. Sem contar que nunca vou esquecer do dia que me deixou para morrer naquela casa velha.