Impulso

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  • Dedicado a Uma garota de 17 anos
                                    

Essa foi a primeira palavra que tomei para mim como um signo, eu seria eternamente a menina impulsiva e de grandes impulsos. A primeira vez foi difícil, antes do salto era um misto de pavor e curiosidade. Não pensei muito. Foi nessa sensação que me viciei, a adrenalina queimava em minhas veias e sentidos. 

Eu queria sempre ser assim. Impulsiva no modo de amar, de se apaixonar, de ter raiva, de sorrir, de chorar, de falar e de se calar. E meus maiores impulsos seriam justamente o amor, a paixão, a raiva momentânea, a lágrima, o sorriso, as palavras e o silencio.

Mesmo que eu os utilizasse da maneira incorreta, na hora errada e conseguisse o resultado esperado, mesmo que a sensação de ser senhora do meu destino fosse momentânea. Eu nunca poderia ser de outra forma.

Há de convir que não tem como imaginar meus olhos inquietos transmitindo e calculando de forma racional e paciente o que eu deveria dizer no próximo momento ou nos passos que gravaria em instantes no meu destino. 

Minha vida sempre seria essa montanha russa que ninguém consegue compreender ou sequer imaginar, mas sempre gostei disso. Aprendi o valor das árduas subidas, e dos prazeres de ter conquistado o topo do meu mundo, aprendi também a conviver com meus abismos profundos e minhas quedas se tornaram um motivo a mais para uma nova subida.

Dizer que jamais sofri com esse meu jeito de ser? MENTIRA. Mas posso afirmar que fui muito feliz, mesmo. E sou, se eu não fosse assim, eu não seria a Ruth. Impulsiva no modo de tomar o impulso para grandes mergulhos, profissionais, educacionais, pessoais, sentimentais e ideais. 

Mergulhar dentro de mim e me utilizar destes impulsos para ir aonde eu quero dentro de mim, mesmo que às vezes eu me perca no caminho de volta. Não importa. Essa é minha primeira palavra. IMPULSO...

Mergulhei dentro de mim e quando percebi as águas estavam escuras e profundas, fiquei com medo. Talvez logo eu começasse a entrar em pânico e inconscientemente me afundaria um pouco mais, mas sempre me recordo nestes momentos que, o que afoga não é o mergulho, é permanecer embaixo da faixa de sanidade que pode te fazer respirar.

Teorias do Imaginário #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora