Monstrometro

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  • Dedicado a Fabio Coala - mentirinhas
                                    

Nunca coube em mim
A roupa e a fantasia
De princesa presa na torre
Ou de brincar de Rainha.

Nunca quis vestir
A aparência de socialite
Usar a mascara de popularidade
E o veneno do falso marketing.

E eu prefiro que seja assim
Entre mim e meus amigos
Não cabe falsas gentilezas
Não cabe ódio disfarçado de incentivo.

O que eu acredito
é que existe um monstro dentro de mim
Mas monstros não são ruins
Se você souber ouvir o coração.

O monstro dentro de mim
Me incentiva a lutar, a não calar diante de algumas situações
É abraço, quente e peludo, no inverno de lágrimas
É sombra, grande e protetora, no suor do cansaço.

O monstro dentro de mim
reconhece o monstro por trás de olhos claros
Cabelos arrumados, roupas jovens ou ternos alinhados.
O monstro dentro de mim me ajuda a fazer aliados.

Aliados contra esse mundo de injustiça
Aliados contra essa moral deturpada
Aliados contra essa loucura disfarçada de regras

Não é uma guerra, mas precisamos de soldados
Que saibam que a vitória não virá de armas
Que saibam que nossa vitória vai vir de gestos
Pequenos milagres grandiosos

Gentilezas urbanas, Palavras de conforto
Silêncios que compreendem
Amizades monstruosamente grandes.

E no dia que a vitória chegar
Talvez a imagem que vocês enxerguem
Seja a minha externa, ruiva, olhos verdes,
rosto meio estranho, sorriso meio escondido

O que será uma pena, pois
O Monstro dentro de mim
Estará dando um show de dança
Desde tango até macarena.

Teorias do Imaginário #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora