A porta que eu fechei

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As batidas do coração
Sincronizam com os passos
Da corrida a qual eu me forço
Porque preciso me afastar de tudo aqui.

É como se milhões de mãos
Pesos, correntes e cordas
Tentassem me manter inerte.

Mas eu sinto o vento, estou livre.

Eu corro pela vida
Sem olhar para trás
Apreciando com o olhar
A verdade por detrás do véu da ilusão

Eu mudo de paisagem
Pensamento e sentimentos
Eu me protejo não com muros
Mas com palavras, elas são muralhas

Todo ataque é a melhor defesa.

Eu poderia me mostrar doce
Singular e me dosar em doses homeopáticas
Para que não assuste ou embriague

Mas não. Isso não sou eu.

Eu sou vinho tinto, encorpado
Eu deixo zonza a situação
Ninguém quer comprar minha confusão de cara
Por isso dá certo a defesa.

Antes que eu me interesse
É melhor que você desista de mim
Porque no final, sou tudo isso
E sempre acho que ninguém conseguirá aguentar.

E as minas que eu plantei
Fazem um cerco em volta de mim..
Em uma guerra que eu não sei mais
Porque me ataco se sou a vítima.

Teorias do Imaginário #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora