Eu sou acostumada a dar as pessoas apelidos com o que eu mais gosto nelas
As vezes é preciso repetir alguns
Assim foi com "Olhos de Mar"O primeiro é um caso único
Porque os olhos dele não eram
A calmaria e profundidade
Era a fúria e a fortaleza
Eram ondas enormes
Que me engoliam por inteira
Navegar naquele olhar era instável
E é isso que me prendeu a eles.Depois veio o Olhos de Mar calmo
Que fez eu me sentir uma ilha
Cercada por seus movimentos gentis
E rotativos. Constantes
Era como uma manhã de Sol baixo
Onde as espumas de suas ondas gentis
Chegavam até mim e beijava
Suavemente meu corpo estendido na beira da praia
Foi este que me ensinou a valorizar um dia de Sol baixo. Mar calmo.
Sua voz rouca e baixa me contava segredos
E eu nunca me esqueci de seus gracejos.Apareceram mais dois ou três
Todos com olhos fortes e histórias legais
Mas nenhum com profundidade.Atribui o nome pela cor dos olhos
Mas não pela personalidade.O ultimo Olhos de Mar
Era algo que me encantava
Pois ele trabalhava com sensações
E entendia das palavras
Era alguem a ser notado.
Mas depois de um certo tempo
E de alguns versos a ele dedicado
Eu percebi que não eram de Mar...Eram olhos de Lago.
Um azul que me cativa
Mas sem balanço ou atração
Para mim, calmo demais
Talvez profundo
Mas tão constante
E distante
Que depois da minha tentativa
De mergulhar nestes olhos, infrutífera
Eu acabei desistindo
E assistindo de longeProcurando enxergá-lo
Sem o brilho do meu encanto
E percebi...Este ultimo Olhos de Mar
É apenas um lago
Legal para dar uma volta
As vezes visitar
Mas nunca fará parte
Do meu oceano incrível
Formado por todos que conheci
E dei o título de Olhos de Mar.
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Teorias do Imaginário #Wattys2016
PoesíaTeorias do Imaginário é uma coletânea de poemas, contos, sentimentos e sensações. É a tradução do olhar e sentir de alguém acostumado a andar pela linha que divide a fantasia, a realidade e uma dimensão que ainda não tem nome, alguém que fez um pact...