Dezembro em Carcavelos

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Olho para o mar e vejo a sua escuridão,

Identifico a minha alma em ondas passageiras,

Vejo e revejo-me em ondas que vem de longe,

De sítios a qual o meu coração nunca sonhou ir.

Sento-me na areia,

Sinto-a a desvanecer-se perante as minhas falhas,

Desaparecendo por entre os meus pés,

Sinto-a gelada.

São 2 da manhã,

Estamos em Dezembro,

E tudo aquilo que eu sou,

Está representado no mar.

Eu sou a falta de equilíbrio,

A falta de horizonte,

A falta de uniformidade,

Eu sou o vazio do oceano.

Ouço as histórias que o mundo lhe contou,

Familiarizo-me com as mesmas,

Sinto-me mais parte de um todo que nunca,

Olho para o mar e vejo-me a mim.

Deixa-me divagarOnde histórias criam vida. Descubra agora