A lua está cheia,
Está tão mas tão cheia,
Está cheia de nós.
Eu estou cheia de ti,
Tu estás cheio de mim,
E enquanto isso os nossos joelhos tocam-se.
Enquanto eles se continuarem a tocar talvez tenhamos uma chance,
Talvez possamos ter aquilo que nunca tínhamos tido,
Ou até mesmo o que fora perdido.
Talvez a lua fique cheia por muito tempo,
Talvez não,
Mas o tempo é uma incógnita, dizes tu ao meu coração.
Mas a verdade é que nós não sabemos rigorosamente nada,
Eu só sei que nada sei,
Contudo aqui estás tu com a rosa pela qual eu tanto esperei.
Mas maior do que lua,
Maior do que uma música nunca antes ouvida,
Maior do que este poema,
Ou até mesmo uma rosa na praça da figueira,
São os nossos joelhos a tocarem-se.
E eu que por costume sou uma rapariga que têm certezas demasiado incertas e incertezas demasiado certas,
Hoje tenho a certeza de uma coisa,
Hoje estou certa que o teu exterior me atrai, mas que o teu interior me destrói.
Hoje eu sei que os nossos joelhos se tocam,
Eu sei que te vejo,
Eu sei que te oiço,
Eu sei que te encontrei.
Enquanto os nossos joelhos se tocarem,
Eu só sei que nada sei.
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Deixa-me divagar
PoetryEste livro é junção de corações partidos, aventuras incríveis, amores e amizades épicas, questões de identidade, loucuras das quais nunca falei, dias inesquecíveis e uns quantos que quero esquecer. Este livro, inacabado por agora, os 56 poemas e ca...