Eu não sou fácil,
Nunca fui e nunca o hei-de ser.
Sempre fui e sempre serei a rapariga complicada,
Aquela que não sabe o que é ser amada.
Sempre fui de extremos,
Sempre fui algo tão misterioso.
Portanto eu não sou nada fácil,
Enterro-me em nicotina e consumo o que não devo.
Faço o que não posso e falo com quem quero,
Eu sempre fui um mistério a este mundo.
Eu sou tardes de inverno no calor dos teus braços,
Sou viagens de carro com o meu corpo inclinado sobre a paisagem.
Eu sou horas de choro,
E gargalhadas histéricas.
Procuro tocar na alma de outrem,
Pois sinto que perdi a minha pelo caminho.
Deixo-me descansar onde não sou bem vinda,
Procuro e consumo-me pela complicação.
Eu não sou nada fácil,
No final desta insónia colossal e destes milhares de poemas ensanguentados,
Eu sou apenas complicada.
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Deixa-me divagar
PoesíaEste livro é junção de corações partidos, aventuras incríveis, amores e amizades épicas, questões de identidade, loucuras das quais nunca falei, dias inesquecíveis e uns quantos que quero esquecer. Este livro, inacabado por agora, os 56 poemas e ca...