Esboços de complicação

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  Eu não sou fácil, 

Nunca fui e nunca o hei-de ser. 

Sempre fui e sempre serei a rapariga complicada,

 Aquela que não sabe o que é ser amada.

 Sempre fui de extremos, 

Sempre fui algo tão misterioso. 

Portanto eu não sou nada fácil, 

Enterro-me em nicotina e consumo o que não devo.

 Faço o que não posso e falo com quem quero, 

Eu sempre fui um mistério a este mundo. 

Eu sou tardes de inverno no calor dos teus braços, 

Sou viagens de carro com o meu corpo inclinado sobre a paisagem.

 Eu sou horas de choro, 

E gargalhadas histéricas. 

Procuro tocar na alma de outrem, 

Pois sinto que perdi a minha pelo caminho. 

Deixo-me descansar onde não sou bem vinda, 

Procuro e consumo-me pela complicação. 

Eu não sou nada fácil, 

No final desta insónia colossal e destes milhares de poemas ensanguentados, 

Eu sou apenas complicada.  

Deixa-me divagarOnde histórias criam vida. Descubra agora