Sinto-te

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Sinto as tuas mãos na minha garganta.

O gelar do teu respirar,

Sinto-me a sufocar.

Não existe nada a fazer,

Tu és a razão pela qual eu hei de morrer.

E eu nunca entendi essa tua alma de artista,

A tua visão adorável,

Contudo tão deplorável.

Eu nunca percebi o teu amar,

O quanto me adoras ver a suplicar.

Eu sinto.

Sinto-te a penetrar-me

A asfixiar-me,

A magoar-me.

Mas talvez isto seja amor,

Talvez eu mereça toda a dor.

E eu ainda te sinto,

Tento escrever enquanto grito,

Tento amar-te enquanto te suplico.

E eu sinto-te,

Sinto as tuas mãos na minha garganta. 

Deixa-me divagarOnde histórias criam vida. Descubra agora