Esta noite fumo mais um cigarro enquanto espero por ti.
À medida que o mesmo se queima, veja a minha Alma a partir-se um pouco mais.
A lua reflecte desejos passados e momentos que à muito esqueci.
Fumo então para me aquecer, há muito que estou presa num inverno sem fim.
Um inverno que sabe a inferno.
Sem nome e sem existência, sem direito a ser enterro-me no meio das cinzas que deixaste para trás.
A noite encontra-se no seu princípio e eu não sei se aguento muito mais.
Sinto cada milésima do meu corpo, tenho vontades inexplicáveis e rezo ao diabo pela quarta vez hoje.
Peço que me leve, que me aqueça no inferno que tu criaste em mim.
Tenho um abismo no meu peito, o meu sangue secou e tudo aquilo que tínhamos está partido.
Já não sei o que fazer, então fumo na esperança de te saborear de novo.
Espero que estejas a fazer o mesmo.
Espero que ela tenha o meu gosto, espero que os teus cigarros te levem a mim.
Espero que te sintas tão frio como eu esta noite.
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Deixa-me divagar
PoetryEste livro é junção de corações partidos, aventuras incríveis, amores e amizades épicas, questões de identidade, loucuras das quais nunca falei, dias inesquecíveis e uns quantos que quero esquecer. Este livro, inacabado por agora, os 56 poemas e ca...