NARRADOR.
Jungkook tinha lágrimas descendo o rosto enquanto via sua irmã recebendo cuidados médicos no hospital. Eles haviam conversado a noite inteira e no outro dia ela não acordou, ela respirava, mas não acordava de jeito nenhum. Chamaram uma ambulância e nos minutos anteriores ela havia sofrido uma parada cardíaca.
Sua mãe estava em pé na porta do quarto e com o terço nos dedos orava pedindo que sua filha acordasse. Jungkook não conseguia, ele só conseguia pensar em tudo que havia falado para ela, e se tudo fosse consequência daquilo, mas ele não tinha feito nada de ruim naquela hora para sua irmã não acordar, eram questões demais e sua cabeça explodia aos poucos.
Olhou o telefone que tinha inúmeras mensagens de Taehyung e o desligou, ele não queria o magoar e não queria o encher com a sua melancolia, então era melhor não responder naquele momento. O garoto levantou e começou a andar pelo hospital, limpava o rosto em uma falsa tentativa de se acalmar. Andou e andou até que olhou por uma porta e viu que era uma mini capela. Sentou em um dos bancos e olhava o altar na frente, algumas velas acessas e cartas.
— Por que que o Senhor faz isso? — seus olhos estavam embaçados de lágrimas. — eu nunca quis o mal de ninguém e sempre tentei ser uma pessoa boa, eu sempre tentei ser melhor ao longo dos dias, por que tudo isso tem que ocorrer na minha família? Onde está a misericórdia que dizem tanto que Você tem? — fungou. — a minha irmã está morrendo e Você não faz nada. — fechou os olhos fortemente. — eu não sei o que foi que fizeram para o Senhor tanta raiva dela ao ponto de não ajuda-la, mas eu lhe imploro por misericórdia, por favor, não deixe a minha irmã morrer. — puxou o ar e se encolheu no banco. — por favor. — sussurrou olhando para cima.
Abraçou os próprios braços e se deixou chorar, não sabia de onde tudo vinha, mas o afogava de tão forte. Colocou o rosto entre as mãos e se inclinou para frente. Só queria que tudo se resolvesse. Apenas isso. Depois de inúmeros minutos limpou o rosto e saiu do local voltando de onde havia vindo. Encontrou sua mãe sentada no sofá e a olhou.
— Você já comeu? — ela perguntou e Jungkook a olhou um pouco surpreso pela pergunta. Negou e a mesma esticou dinheiro para ele pegar. — vá comer. — mexeu a mão e o menino negou. — ande logo, eu não vou oferecer mais de uma vez. — soou séria e o garoto concordou e quando pegou o dinheiro percebeu inúmeras marcas nas mãos de sua mãe, saiu do local olhando as mãos e percebendo que eram iguais.
Balançou a cabeça e seguiu ao refeitório do local, estava sem fome nenhuma, mas sabia que poderia passar mal se não ingerisse nada. Comprou um bolo e o comeu quase o vomitando, voltou na esperança de sua irmã já estar acordada, só que infelizmente ela ainda estava totalmente apagada. Sentou na cadeira do lado da maca e viu sua mãe no sofá, ela olhava algo no telefone e parecia querer o explodir.
Ela e Sohye tinham características muito parecidos, as vezes o garoto se impressionava. Mas eram totalmente diferente. Jungkook amava sua irmã com tudo existente dentro de si e ele temia a sua mãe com a mesma intensidade. Ela suspirou e ele percebeu que ela parecia cansada, talvez fosse a primeira vez que ela demonstrava isso de um modo que o garoto pudesse observar. Antes ela nunca tirava a máscara ranzinza do rosto.
— O que foi? — o garoto perguntou, nem ao menos sabendo o porquê. Ela o olhou.
— Seu pai. — disse e pelo tom Jungkook soube que ela queria o estar matando naquele momento.
— Você sabe o motivo dele ter ido embora não sabe? — a encarava e não sabia de onde tirava forças. — ele não aguentou você. — disse duramente. — mãe a senhora é a pior pessoa que já passou na minha vida. — ela exibia o rosto sem expressão nenhuma. — uma hora as pessoas cansam e foi exatamente o que aconteceu com ele. — os olhos de Jeon queriam encher, mas ele engoliu o choro. — eu nunca vou ser capaz de sentir algo por você, mas eu não te importo muito de qualquer maneira. — deu de ombros. — mas você deveria melhorar por ela. — olhou Sohye. — apesar de tudo, eu sei que você a ama, ama de um modo que nunca foi capaz de fazer comigo. — sua mãe continuava inexpressiva. — então melhore, mesmo que seja impossível mudar, pense que a culpa dela estar morrendo não é só minha. — cruzou os braços e virou a cadeira para o outro lado.
A mulher abaixou a cabeça e levantou saindo do local. Jungkook franziu a testa, ela sempre o rebatia, sempre era a última com a palavra, mas ela apenas foi embora. O garoto voltou a olhar a irmã e se aproximou segurando a mão dela que se encontrava fria.
— Acorde, por favor. — pediu deitando a cabeça na perna dela a encarando. Fechou os olhos e intensificou o pedido mentalmente.
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oioi
os capítulos estão pequenos, porque são partes que não se encaixam em outros capítulos, isso são as passagens de tempo, para dar melhor entendimento sobre o que acontece mais a frente envolvendo o jungkook, sohye e a mãe deles. a melancolia vai aumentar, me desculpem, mas prometo que o final não será melancólico.
muito obrigada a todo o apoio com a fanfic que você me dão, é muito importante pra o desenvolvimento dela e pra minha motivação de sempre trazer algo melhor para vocês.
comentem e votem, compartilhem com as friends tb ahaha
meu twt é @/fixtaehy se quiserem conversar ou sei lá perguntarem algo, eu respondo mais rápido que aqui até!!
eu to com uma fanfic texting humor enemies to lovers bem topzinha, acho que quando terminar guilty eu começo a postar ela <3
enfim, obrigada mesmo por ter lido!!
beijos.
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guilty; taekook [c]
Fanfiction[concluída] As pessoas são diferentes, está claro que você nunca irá achar alguém igual a você. Mas o interessante da vida não é achar pessoas iguais a você e sim diferentes, elas causam intrigas na sua mente, no seu corpo, elas te despertam a curio...