Era segunda e eu estava trancada no meu carro no estacionamento criando coragem de sair. Respiro fundo e penso em todas as coisas que vão me ocupar naquele dia. Saio do carro aparentando uma confiança que não tenho.
Mal falei com meus amigos depois daquele dia, mandei mensagens falando que passaria o fim de semana trancada no meu quarto e foi o que eu fiz.
Assim que entro na escola Sam vem até mim.
Ele diz o oi mais meigo que já ouvi na vida.
- Você está bem? - pergunto.
- Na verdade tem uma coisa.
- Sério? O que houve?
- Uma garota. Tá me deixando maluco.
- Ela sabe?
- Acabou de descobrir - sorrio sem graça entendo a situação.
- O que essa garota pode fazer para resolver?
- Quer ir ao baile comigo, Violet? - ele fica mais sério.
- Sim, Sam, eu quero ir ao baile com você - ele sorri.
O sinal toca.
- Merda, vou me atrasar - saio correndo - Tchau - grito já um pouco distante dele.
Estou no refeitório mais lendo do que almoçando. Viajo completamente, quando percebo o refeitório está vazio e eu atrasada.
- Qual seu problema, Violet? - pergunto a mim mesma enquanto corro pro ginásio para uma reunião.
- Violet - grita o treinador
- Eu - falo indo até ele.
- Onde você estava ? - continua gritando.
- Banheiro? - sorrio.
- Vá se sentar - ele aponta para arquibancada e eu sigo para lá de cabeça baixa.
A reunião demora bastante, muita coisa a ser debatida e decidida.
- Então é isso! - diz Phill encerrando a reunião e eu saio dali logo em seguida.
No corredor alguém me puxa, eram Pietro e Bucky, evitei meus melhores amigos, estava sendo injusta com eles, e suas caras para mim estavam péssimas.
- Desde quando a gente se evita ? - questiona Bucky, irritado.
- Você anda vacilando com a gente desde suas amiguinhas novas - Pietro fala triste.
- Que saber ? Vocês têm razão - respiro fundo, irritada - Vou sair do time, assim eu posso ter tempo para vocês, e pra mim, seria inédito.
- Não faz isso - pede Pietro.
- Eu nunca liguei de vocês estarem no time ou saírem com seus amigos, mas tudo bem, como eu sou eu, preciso me esforçar mais por essa amizade - falo segurando a vontade de chorar.
- A gente nunca disse isso - fala Bucky.
- Verdade, Vi - diz Pietro
- Eu to cansada, sério, eu to exausta, passei o dia correndo pra lá e pra cá, não aguento mais tanta cobranças... quer saber, esquece - saio dali antes de chorar.
- Vi, volta aqui - eles gritam mas eu não ligo
Não entendo porque descontei minhas coisas assim neles. Minha cabeça tá cheia demais para pensar.
Assisto o resto das aulas e nos tempos livres acerto umas coisas do evento. No fim do dia indo em direção ao meu carro as meninas me abordam.
- Vi, volta aqui - eles gritam mas eu não ligo
Vou pro meu carro mas aí as meninas me param.
- Como foi no armário com o Matteo? - pergunta Rachel - Você saiu toda estranha.
- Brigamos como sempre - digo.
- A droga - dizem as meninas em uníssono
- O que ? - pergunto
- Mesma resposta que a dele, então é verdade - diz Liv triste
- Vocês acharam mesmo que ia rolar alguma coisa ? Eu e o Matteo? Sério? .. Preciso ir agora meninas vejo vocês depois.
Chego em casa com uma tremenda dor de cabeça, não tem ninguém casa. Vou tomar meu banho. Quando estou organizando minhas coisas para estudar escuto a campainha.
Quando abrir a porta só vi um monte de rosas cobrindo duas pessoas.
- Pra que isso tudo?
- A gente te ama - os meninos tiram as rosas da cara e falam juntos.
- Também amo vocês e meninos, vocês não precisam se redimir por nada, eu que surtei.
- Você faz tudo por nós - diz Pietro.
- Somos melhor por sua causa - fala Bucky.
Dou espaço para eles entrarem assim que eles soltam as rosas eu os abraço.
Pedimos pizza e fomos assistir O império contra-ataca, durante o beijo da Leia e do Solo eu pauso,
- Ei - protesta os meninos.
- Eu beijei o Matteo na festa.
Eles olham para mim de boca aberta.
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INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA)
Teen FictionEla é nerd e ele é popular, os dois se odeiam, seus pais são melhores amigos e eles são vizinhos. Desde os dez anos se declaram inimigos, mas não é incomum de se ouvir, toda tristeza vira alegria, a dor se transforma em força, e o ódio vira amor.