INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA)

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

Voltando do treino sozinha, vejo a Alice conversando com o Matteo, ela não parava de passar a mão nele, não digo nada nem encaro, apenas o passo direto e vou pro meu carro, antes que eu entre alguém me puxa pelo braço

- Ei - vejo o Matteo com uma cara de cachorro abandonado

- Não me olha assim, eu to bem - eu realmente estava

- Prova - ele sorrir

- Como? - ergo a sobrancelha

- Eu - ele aponta para ele - você - ele aponta pra mim - jantar hoje ?

- Tá bom - confirmo, dou um rápido selinho nele e vou para casa

Passa as horas, me arrumo e logo o Matteo vem me buscar, entramos no carro, eu sinto umas dores de cabeça, mas deve ser só cansaço

- Vamos para onde, amor ? - pergunto

- Você já vai vê, amor - ele sorrir para mim e olha para frente novamente

Descemos do carro em frente a um lugar muito bonito, nem parecia ser Los Angeles, talvez uma cidade europeia, eu amava essa pegada de Europa, meu presente de formatura, meus pais que o digam

- Vamos, amor - ele estende a mão para mim e a pego e entramos de mãos dada

O lugar por dentro, era mais lindo ainda, essa noite tava sendo incrível, sentamos de frente ao outro, como nos filmes de romance, sorrindo e dividindo a comida, coisa que não costumo fazer, o Matteo me deixa só por um tempo, ele foi a banheiro, escuto um barulho de mensagem, ele deixou o celular, vejo na tela bloqueada se são os pais dele, mas vejo algo que não queira ter visto, mensagem da Alice, por isso fica o conselho não procurem algo que não quererem achar, não mecha no celular de ninguém

sabe o que tá escrito? Bem, é o seguinte "Pois está combinado, te vejo amanhã às 8, bb".Eu não devia levar isso a sério, ou me irritar, mas hoje eu estava em um péssimo dia, e vê eles de conversinha na escola é um gatilho

Claro que ela tem importância pra ele, acho que ela foi a pessoa que mais marcou ele, ela fez um inferno a vida dele, e vê ela se arrastando por ele, deve fazê-lo ir aos céus

Matteo volta, e como uma pessoa portadora de uma pequena insegurança, fico na minha e jogo

- Amor, vamos lá pra casa amanhã, ver um filme, umas 6, bem depois da escola - finjo

- Não posso amor - diz ele

- Tudo bem, outro dia então - eu podia deixar quieto, mas não - Por que?

- Vou sair com uns meninos do time, jogar - ele responde sem remoço

- Matteo - fico seria

- Sim, amor - ele percebe

- Deixa eu reformular a pergunta - respiro fundo - Por que você tá mentido pra mim?

- O que ? - ele se faz

- Você deixou seu celular aqui - falo

- Achei que você não soubesse a senha

- Matteo - me irrito - É eu não sei, bom saber que você conta com isso, mas notificações aparecem na tela bloqueada

- Não devia ter olhado - diz ele

- Não devia estar me enganando - digo e saio

Vou pra rua, ele vai ficar preso com a conta e garçom, tenho vantagem, chamo um uber, mas nada dele chegar, escuto Matteo chamar meu nome e olho para trás, me viro pra frente de novo e isso é a última coisa que eu lembro