CAPÍTULO VINTE

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Passar o dia à beira do lago não é má ideia, estou sentada na frente da casa com os pés no lago, meu pai realmente comprou uma casa maravilhosa, era colada com o lado, e ali onde eu estava com a vista perfeita do lago e da floresta.

Era cedo, podia se ver a névoa que cobria meu redor, sentia o frio, era bom, o sol ainda estava escondido entre as nuvens, logo ele iria da as caras.

Não demora muito para que todos se juntem a mim, minha mãe trás café da manhã lá de dentro e comemos juntos, ar livre, paz e tranquilidade.

- Já estamos aqui a quase vinte quatro horas e ninguém afogou ninguém - diz meu tio olhando para mim e o Matteo, o resto faz o mesmo

- Não seja por isso - fala o Matteo me encarando.

Apenas reviro os olhos para ele e observo sua expressão, é fácil notar o quanto isso o irrita, não posso negar que me dá certa alegria

Assim que comemos levamos as coisas para dentro, ajudo minha tia e volto a onde estava, fecho os olhos e sinto o insignificante calor de sol que resolveu aparecer, mas ainda não completamente

- Você é estranha

Sinto alguém se sentar ao meu lado, então abro os olhos, me viro e vejo Matteo

- Obrigada!

Um comentário desse vindo de alguém como ele, soa como um grande elogio

- Já disse, você venceu - insiste em retomar nossa discussão

- Não quero vencer, nem perder, não quero que isso continue - falo com frieza

- Nós ? - pergunta

- Inimigos se odeiam, se irritam, mas não buscam a atenção e a presença do outro de forma constante, porque um deles acaba machucado e não vale a pena - mantenho meu olhar longe do dele

- Nossa relação de ódio vai deixar de ser divertida ? Porque eu sei que você adora me zoar, eu adoro fazer isso com você

Ele tinha razão, grande parte do tempo era divertida, mas as coisas entre mim e o Matteo estavam diferentes e eu confusa, passei a dá muita importância sobre o que ele falava de mim

- Vamos nos desprezar? Fazer de conta que não existimos um pro outro? É isso que você quer ? - ele me faz olhar pra ele virando meu rosto

- Somos inimigos declarados, lembra ? Nada sobre nos deve importar - falo me levantando

- Vai ser assim ? Me responde - ele altera a voz

- Vai - saio dali, não precisávamos mas trocar nenhuma palavra

Passo o resto do feriado sozinha, curtindo o lago e o sossego, mas logo caiu a ficha que teria que voltar à realidade, escola, futebol, Sam.

Voltamos para casa e no caminho mando uma mensagem para Sam ir lá em casa, queria falar com ele quando eu chegasse.

- Me desculpa, se te chamei de fácil, acredite em mim, essa não é a palavra que eu usaria para descrever você.

- Irritante? - sugiro.

- Essa é melhor - diz Matteo sorrindo, olhando para a estrada.

É a primeira vez em muito tempo que ele me pede desculpas. Não sabia como me sentir.

Quando chego em casa vou arrumar logo algumas coisas. Sam não demora a chegar. Ficamos na sala sozinhos.

- Então - diz ele - Quer namorar comigo ?

- Sim - respondo.

Nos beijamos.

Matteo Narrando

De volta em casa,  sozinho no meu quarto, tirei um tempo pra pensar na Violet, não sei porque me afetava tanto, eu não me importava o que ela pensava de mim, eu acho, isso parecia estar mudando.

Deitado, recebo uma ligação da Alice, fico completamente surpreso, fazia muito tempo que não havia, nem se quer trocava mensagens com ela, afinal, o que ela queria ?

- Oi, Mat - percebo sua empolgação

- e ai? - tento parecer animado

- Achei que ficaria feliz ao ouvir a voz do amor da sua vida - ela rir e eu rio junto

- Alice - fico sério

- Relaxa, Mat, eu posso não estar tentando de ter de volta - permaneço em silêncio enquanto ela fala - mas eu estou voltando para Los Angeles, e é para ficar.

INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora