CAPÍTULO VINTE E OITO

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Não importava quantos filmes eu assiste, a noite pareceria não acabar e eu não conseguia dormir, e dessa vez não era por as dores ou por medo, sim por dúvida e inquietude, desde o chá de bebê, nada, Matteo não dá sinal de existência, cheguei à conclusão que ele me evitada e eu não ia deixar que ele fosse o motivo deu ficar assim, não tem nenhuma chance, se ele não tem coragem, eu tenho

Já era umas três da manhã, abro a janela do meu quarto e saio por ela passo do meu telhado e vou pro do Matteo, mexo lá janela e ela abre, entro no quarto dele

Matteo Narrando

Sinto alguém mexer em mim e acordo assustando pulo da cama e acendo a luz, era a Violet

- Enlouqueceu ? - digo sonolento ainda, mal consigo abrir os olhos direito

- A gente precisa conversar - ela é direta

- Tem que ser agora ? - falo voltando até a cama e me sentando

- Precisa sim! - soa grossa

- Sobre o que ? - passo a mão nos cabelos

- O que não terminamos de falar - ela revira os olhos e cruza os braços, como eu tenho raiva disso

- Que saber o que ? - enrolo tentando criar coragem, não devia ter começado aquilo, mas não podia evitar falar, ela tinha que saber

- Matteo - ela olho pro lado e balança a cabeça, parece irritada, me levanto e vou até ela

- Vai embora - sou educado

- Não - peita comigo, que garota marrenta

- Violet - a encaro, acabo de perceber que ela está com um vestidinho preto de dormir, ela estava maravilhosamente gostosa

Ela anda pra trás quando percebe meus olhares , cada passo que dou pra frente ela dá um pra trás até que ela encosta na parede e eu encosto nela

- Não, Matteo, não faz isso - ela diz mas não resiste em nenhum momento

- Eu te beijo, você retribui, não é assim que a gente faz ? - sussurro

- Não é isso que a gente faz não, a gente briga, é o que a gente faz - ela começa a ficar irritada

- Eu não quero mais brigas ou confusões - digo - eu quero você - nossa o que eu acabei de falar

Olho nos seus olhos ela fica quieta me olhando, o que será que tá se passando na cabeça dela, queria saber, queira que ela falasse alguma coisa

- Não posso - ela me empurra e se afasta de mim

- Sério, Violet ? Você vem aqui no meio da noite pedir pra eu falar uma coisa que eu acredito que você já sabe e diz que não pode, não pode o que ? - aumento o tom de voz

- É por isso que eu to assim, Matteo - ela rodeia as mãos no corpo mostrando as marcas de agressão - admitir que eu quero você é pedir pra sofrer as consequências

Não consigo acreditar que eu contribuir de certa forma pra aquilo acontecer com ela, devia ser fácil deixar ela ir mas não eu queira ela, eu, completamente disposto a cuidar dela, sinceramente não conseguia entender como tudo que eu sentia por ela virou uma série de pensamentos confusos, que terminavam na minha vontade de tê-la

- Não vou deixar ninguém te machucar - digo

- Eu... eu me cuido só - fala se sentando na mesinha

Ela era tão forte, resistiu a tanta coisa, a tantas ofensas e até violência, seus olhos enchiam de água mas ela não dava o gosto de demonstrar fraqueza na minha frente

- Ninguém precisa saber - vou até ela - só nós dois, basta - passo minha mão em seus cabelos

- Quando foi que isso aconteceu? - ela rir

- Não sei, não importa - rimos

Fixo meu olhar no dela, enquanto me aproximo mais, fico entre suas pernas e seguro o seu rosto, me aproximo devagar, aproximo nossos lábios, sinto sua respiração, espero sua permissão e ela faz que sim com a cabeça, então colo nosso lábios e a beijo, passo minhas mãos por seu corpo e ela põe suas pernas envolta da minha cintura e eu a agarro com a força, escuto alguém bater na porta

- Matteo - grita minha mãe

- Já vou - digo e vejo a Violet sair, fecho a janela e vou abrir a porta

INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora