CAPÍTULO VINTE E SEIS

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Estava acabando de tomar café da manhã com meus pais, ia passar o dia só, já que eles iam trabalhar.

- Vou lá na tia Naty.

Me levanto da mesa e saio, estava de calça moletom preta e uma jaqueta  moletom branca, entro e chamo por alguém, respondem na cozinha.

- Oi querida - disse a tia Naty ao me ver, ela estava com o maior barrigão.

- Nunca mais tinha vindo aqui - disse meu tio tirando o olhar do celular - Como está se sentindo.

Repondo que bem e falo dos exames.

Dou um beijo no rosto dos dois e me sento junto deles na mesa onde estavam.

- Que café? - pegunta a tia Naty

- Obrigada, tia, já comi.

- Fique a vontade, se quiser é casa é sua - disse tio Bruce.

- Cadê o Matteo? - pergunto e eles se encaram surpresos.

- No quarto - fala meu tio com um ar de medo.

Me levanto e saio, até imagino a cara que  eles devem está fazendo atrás de mim, subo as escadas até o quarto do Matteo e bato na porta mas ele não responde, bato com mais força.

- QUE? - ele grita abrindo a porta e faz uma cara engraçada, entro e ele revira os olhos - Pode passar - ele ainda está parado na porta.

- Ui que Nerd - me sento no sofá e pego o controle do videogame, ele estava jogando antes deu chegar, estava pausado.

- Eu posso - disse ele se jogando do meu lado - Me da - ele tenta pegar o controle mais eu tiro de perto.

- Passo pra você - término a fase do jogo enquanto ele me assiste - É assim que se joga - paro o jogo e me viro pra ele.

- O que é ? - ele fica mal encarado

- Primeiro - ele cruza os braços - Usar a Alice de consolo é uma coisa mas se envolver com ela é baixo até pra você - ele fica sem jeito.

- Segundo? - ele foge do assunto

- Por que você contou pro Sam sobre o Pietro ? - ele foge o olhar - sem desculpas, só me fala.

- Ele é meu amigo... tinha que saber o que você estava fazen... - o interrompo

- Matteo, não... você sabe minha relação com o Pietro, se você não quer me contar, tudo bem - fico com raiva, me levanto e ele segura meu braço, solta no mesmo segundo.

- Espera... Eu te machuquei - faço que não, ele  olha para um lado e pro outro mordendo os lábios depois olha pra mim e me puxa docemente, sento de novo.

- Não queria você com o Sam - espero ele continuar até porque não sei bem o que responder - ele é um idiota ia acabar te traindo ou coisa pior. Ele é um fingido. Até para Pietro e Bucky.

- E você se importa com isso pooorr? - ergo a sobrancelha

- Só eu posso ser idiota com você - ele sorrir convencido

- Trouxa - riu da situação - já que a gente esclareceu as coisas - mais ou menos - eu já vou - me levanto e vou até a porta.

- Você não vai antes deu te vencer - me viro pra ele.

- Corajoso - sorrio

- Você que é ruim - o encaro mal, pego o controle e me sento. 

- Mata Mata, eu - aponto pra mim - você - aponto pra ele - dá o fight.

Já estávamos jogando a um tempão e eu já tinha ganhado varias e ele pedindo revanche, nessa partida agora ele estava só mexendo comigo e no controle.

- Sai seu trapaceiro - chuto ele.

- Louca - me chuta de volta, mas recua, me olha assustado.

- Não machucou, mas eu vou te matar seu p... - alguém interrompe

- Crianças -  tia Naty entra no quarto.

- Foi ela - disse o Matteo.

- Você lembra que ela está machucada - disse ele encarando mal o Matteo e ele me olha, dou a língua pra ele e ele devolve - Para, os dois agora, lá pra baixo, almoçar - ela estava prestes a gritar - e desde quando você são amigos? - ela sorri.

- Agradeço tia mas vou pra casa - eu e o Matteo nos levantamos.

- Almoce aqui, estou mandado- diz ela enquanto andamos até a cozinha.

- Tudo bem tia, eu almoço - ela fica animada.

- Ótimo, assim falamos do chá de bebê e da sua roupa.

- Sério ? - faço uma cara feia

- Não - ela mente descaradamente e se senta na mesa

Nos sentamos pra almoçar, tia Naty fica desconfiada de nós.

Terminamos o almoço e vamos pra sala e a tia Naty pede pro Matteo ficar também e ela coloca a gente pra escrever os discursos.

- Amo vocês - ela nos deixa sozinhos

Fico escrevendo e o Matteo olhando o meu

- Sai - empurro ele devagar.

- Sai você - ele me empurra e o cotovelo dele pega onde tá machucado na minha barriga e eu grito de dor.

Levanto devagar meu moletom, mostrando as marcas roxas e a pior que foi a que ele bateu, uma grande que estava mais intensa, quase no lugar da fratura do jogo, ela estava no canto inferior esquerdo da barriga.

- Como puderam fazer isso com você ?- ele olha pra marca depois pra mim - O que eu faço?

- Nada - digo - a dor vai amenizar logo - aliso o machucado e baixo a blusa - vou descontar - rio e ele tenta, ficou assustado.

- E...eu... - ele tenta falar mas não consegue dizer nada

- Eu estou bem - bato de leve na coxa dele.

- Que raiva - fala ele se levantando - você não merece, Violet, você ... - me levanto e o interrompo.

- Para, Matteo - o encaro - eu to bem, não tá vendo como eu estou mais  linda que nunca ? - brinco

Ele da uma volta curta na sala e volta pra minha frente, tenta falar algo, percebo, mas não fala.

Poe uma mão na minha cintura e outra em minha nuca, se aproxima de mim mais e mais e eu só o encaro.

Ele cola seus lábios no meu, acaricia meus cabelos, já estava quase esquecendo como era esse beijo e o quanto eu tinha amado beijar ele.

INIMIGOS DECLARADOS (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora