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⋆ Eu te conheço? ⋆

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Eu te conheço?

P.O.V. Anastácia Muller

Mas quem diabos está batendo na porta da minha casa às 2h da manhã?

Desço as escadas, esfregando os olhos e bocejando. Abro a porta e minha boca escancara-se.

— Homem Aranha? — Pergunto boquiaberta.

— Er...sim. — Fala baixo. — Será que você pode me ajudar? — Tira a mão de sua barriga, a qual estava pressionando e mostra-me um corte profundo.

— Puta que pariu! — Como assim o Homem Aranha está na porta da minha casa pedindo ajuda porque está com um arrombo na barriga? Eu acho que estou sonhando! — Vem, entra!

Ajudo-o a caminhar até o sofá da sala e ao sentar, ele geme de dor. Rapidamente, vou até a cozinha e pego o kit de primeiros socorros.

Benefício de ser filha de médico é que posso dar conta de muitos ferimentos, eu acho. Espero que sim!

— Isso vai arder. — Jogo um líquido em seu ferimento, para desinfeta-lo e ele praticamente grita de dor. — A notícia ruim é que você vai precisar levar ponto, e a boa é que eu sei fazer isso...mais ou menos.

Coloco o fio na agulha apropriada e começo a dar os pontos delicadamente. Concentro-me o máximo que posso. Ao terminar, limpo mais uma vez e enfaixo o local. Até que fiz um bom trabalho!

— Prontinho! — Sorrio. — Morrer você não vai. — Ele tenta levantar-se, mas cai no sofá, claramente fraco. — Tá pensando que vai aonde?

— Eu tenho que ir embora. — Fala com dor. Por que essa voz é tão familiar para mim? Apesar de eu não poder escuta-la bem, pois sua máscara abafa-a.

— Esse corte que você fez foi feio. Sei que vive se machucando, mas você perdeu muito sangue e está fraco. — Falo séria, e ele parece olhar-me atento. — Precisa repousar. — Digo autoritária.

— Eu não posso ficar aqui.

— Por quê? Tem algo te impedindo? — Guardo tudo no kit e coloco os panos com sangue em uma sacola. — Considere isso como uma forma de agradecimento por aquele dia.

— Falando nisso, você está melhor? — O tom de sua voz fica preocupado. Porra, eu conheço essa voz!

— Mais ou menos. Não é como se eu fosse esquecer tão facilmente, mas não irei me deixar abater. — Dou de ombros e volto a cozinha para guardar o kit e jogar a sacola no lixo.

Peter Fucking Parker [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora