I

57K 2.9K 7.9K
                                    

⋆ Meu inferno e paraíso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu inferno e paraíso.

P.O.V. Anastácia Muller

Caminho em direção à escola, observo as casas, algumas têm as luzes acesas; o aroma de grama cortada propaga-se pelo quarteirão; o barulho dos carros sobrepõe-se aos cantos dos pássaros e outros ruídos. No entanto, minha paz é quebrada assim que avisto o colégio.

Quando chego perto do portão de entrada, vejo vários alunos entrando, alguns eu reconheço e outros são novatos. Adentro o local e vou até meu armário.

Já estou situada de que minha primeira aula será Biologia. Minha matéria favorita! Guardo alguns cadernos, afinal minha mochila está pesada, e fecho o armário.

— Ana! — noto minha melhor amiga vindo até mim com os braços abertos e sorrindo feliz.

— Michelle! Oi! — abraço-a forte e ela faz o mesmo.

Ficamos assim por um tempo, suprindo a falta uma da outra.

— Como está a minha ruiva favorita? — pergunta carinhosa.

— Estou ótima e você? — olho-a curiosa.

— Morrendo de sono — faz uma careta. — Mal posso acreditar que esse inferno começou de novo — faz cara de desgosto.

— Pense pelo bom, esse é nosso último ano — tento conforta-la e também a mim mesma.

— Ainda bem. Sinceramente, não aguento mais. Esse povo me irrita — comenta olhando para o time de futebol.

— Nem me fale — vejo algumas líderes de torcida abraçando os jogadores. — Vamos entrar antes que eu me arrependa de ter vindo.

Ela ri e segue-me. Ao chegarmos na sala, sento-me na quarta carteira da fila da janela e Michelle senta-se logo atrás. Distraio-me olhando o enorme campo de futebol através do vidro.

Depois de poucos minutos, vejo meu melhor amigo vindo todo empolgado ao meu encontro. Levanto-me e dou-o um abraço forte, ele me levanta do chão e rio em resposta.

— Oi, minha princesa! — afaga meus cabelos.

— Oi, meu príncipe! — digo em tom de brincadeira.

Harry é meu amigo desde a primeira série. Conhecemos-nos quando eu o derrubei de um balanço, fazendo com que ele ralasse o joelho. Foi engraçado e trágico ao mesmo tempo.

— Sentiu minha falta? — pergunta após abraçar Michelle também.

— Nem um pouco — minto.

— Consigo ver a mentira nesses seus olhos castanhos esverdeados, Muller — senta-se em minha frente.

— Não sei do que você tá falando — dou de ombros rindo fraco. — Como foi a viag... — paro de falar assim que ouço uma voz familiar.

Peter Fucking Parker [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora