III

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⋆ Por quê? ⋆

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Por quê?

P.O.V. Peter Parker

— Você sabe que pegou pesado, né?! — Ned pergunta enquanto retornamos à sala.

Eu realmente fiquei muito irritado por eles terem falado aquilo da Liz, mas isso não justifica eu ter sido um babaca com a Anastácia. E a reação dela deixou-me mais arrependido ainda.

— Peter! — Ned balança sua mão na frente de meu rosto.

— Ahn? O quê? — questiono dispersando-me de meus pensamentos.

— Você sabe que falou merda para Ana, não sabe?!

— Eu sei cara, mas eu fico muito puto quando falam mal da Liz.

— Cara, eles não falaram aquilo pra te atingir, eles deram a opinião deles. E eu concordo. — sussurra a última frase.

— O quê? — ergo o tom de minha voz e olho-o estupefato.

— Não, nada!Não disse nada! — levanta as mãos em sinal de rendição.

No decorrer das aulas, reparo que Anastácia mal olha para o professor, ela apenas rabisca algo em seu caderno. Mas por quê eu estou reparando nela?

Respiro fundo e admiro Liz, sentada na primeira carteira da fila do meio. Ela morde a ponta da caneta e balança os pés. Como pode ser tão linda? O sorriso, os olhos, o rosto, o corpo, tudo nela atrai-me.

Meus pensamentos são interrompidos pelo sinal, indicando o final das aulas. Despeço-me de Ned, relembrando-o de passar na minha casa para fazermos uma maratona de Star Wars.

Começo a caminhar lentamente. Noto que Anastácia está em minha frente, parece despreocupada e às vezes chuta algumas pedras em seu caminho.

Ela olha pra trás e vê-me, revira os olhos e apressa o passo.

Quero pedir desculpas pelo o que eu disse hoje mais cedo, mas ela também está errada.

P.O.V Anastácia Muller

Como ele ousa dizer aquilo? Eu não valho nada? Ele nem me conhece. Como consegue magoar-me tanto?

Enxugo algumas lágrimas que insistem em cair, respiro fundo e sigo para a sala.

Não era segredo que meu interesse pela aula tinha esgotado-se. Então fico apenas desenhando coisas aleatórias em meu caderno. Devo admitir que fiz um bom trabalho.

Peter Fucking Parker [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora