XXXVI

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⋆ Eu estou perdendo a cabeça

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Eu estou perdendo a cabeça.

P.O.V. Anastácia Muller

Corro o mais rápido que posso dali. Esbarro em várias pessoas, algumas olham-me preocupadas e outras bravas. Acabo chegando em casa mais cedo do que eu imaginava.

Agradeço por meu pai estar trabalhando. Subo para meu quarto, tranco a porta e a da sacada também –fechando a cortina– e olho ao redor.

Vários pensamentos passam pela minha mente e isso está quase me deixando louca. Minhas mãos tremem e suor escorre pela minha testa. Minha respiração acelera e eu começo a ficar tonta. Novamente, aquele pensamento vem à tona:

Eu matei um homem.

Lágrimas e mais lágrimas escorrem pelo meu rosto. Sento-me no meio de meu quarto, abraço minhas pernas próximo ao meu peito e começo a balançar-me.

Isso não pode ser real. Por favor, seja um sonho. Eu quero acordar, quero acordar agora!

— Ana?! — Tomo um susto ao escutar a voz de Peter vindo de minha sacada e tento fazer silêncio. — Anastácia! — Mais lágrimas surgem em meus olhos. — Eu sei que você está aí! Abre a porta! — Meu coração acelera ainda mais. — Ana! O que está acontecendo? — Mais silêncio. — Se você não abrir, eu vou arrombar. — Fala determinado.

— Vai embora! — Minha voz está fraca e treme.

— Você está chorando?! — Sua voz torna-se preocupada. — Por favor, abre! — Pede alarmado.

— Vai embora, Peter. — Insisto.

— Eu não vou embora até você abrir essa porta. — Também insiste.

— Eu não quero te ver. — Meu coração aperta ao dizer isso.

— P-por quê? — Consigo perceber a dor em sua voz.

— Só vai embora...por favor. — Suplico.

— Você sabe que eu não vou fazer isso.

Respiro fundo muitas vezes antes de levantar-me e ir até a sacada. Lentamente abro a cortina e Peter encara-me, consigo ver o desespero em seus olhos ao notar meu estado. Destranco a porta de vidro e ele abre-a rapidamente me puxando para seu peito.

Peter aperta-me com todas as forças contra ele e não correspondo, mesmo assim ele continua abraçando-me.

— O que aconteceu? — Pergunta baixo. — Conversa comigo, Ana. — Pede com a voz fraquejando.

— E-eu m-matei uma p-pessoa. — Sussurro tão baixo que quase não dá para escutar-me. Peter solta-me levemente para olhar-me.

— O-o quê? — Há uma enorme interrogação em sua face.

Peter Fucking Parker [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora