Capítulo 12

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Aquela hora da manhã Ana estava pronta

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Aquela hora da manhã Ana estava pronta.
Vestida com mais um dos belos vestidos que Tereza a emprestou. Luvas de renda na altura do pulso e uma leve maquiagem completavam o conjunto.

Uma criada do palácio insistiu em penteá-la. Ana recusou. Sabia muito bem arrumar seu próprio cabelo desde pequena. Mas a mulher insistiu e Ana acabou perdendo a discussão. Deixou-se ser penteada, puxada e enrolada pela escova da mulher para no final descobrir que tinha ficado um penteado maravilhoso.

Nunca conseguiria fazer algo parecido sozinha. O espelho da penteadeira não mentia.

─── Minha nossa. Essa sou mesmo eu?

Os cachos caiam delicadamente sobre seus ombros.

─── Eu disse que ficaria lindo ─── disse a criada do palácio. Era uma garota não muito mais velha que Ana.

─── Onde aprendeu a fazer penteados assim?

─── Minha mãe me ensinou, senhorita. ─── disse a garota, ainda com as mãos ajeitando alguns fios aqui e ali.

─── As damas do palácio devem adorar sua mãe.

─── Sim. Minha mãe era encarregada de pentear a rainha. Mas ela morreu a alguns anos, assim como a rainha. ─── disse a criada, e começou a se retirar. ─── Me perdoe. Eu não devia estar contando nada disso.

─── Não. Não há problemas ─── Ana levantou-se também. ─── Alias, eu fico feliz em ter alguém para conversar aqui. Alguém que fale a mesma língua que eu.

A língua de alguém que não nasceu em berço de ouro.

A criada do palácio não pareceu entender o que Ana quis dizer, mas assentiu com a cabeça e retirou-se do quarto.
Ana fez o mesmo. Tinha compromisso naquele dia e não era polir colheres.

Foi até o quarto de Tereza, que também já estava pronta. Uma outra criada do palácio havia a ajudado a se arrumar. E Assim como Ana, Tereza estava com um vestido leve de passeio, luvas, mas com um pequeno chapéu no lado na cabeça e um guarda-sol pequeno.

Um criado acompanhou as duas até o jardim. Ali uma mesa redonda havia sido posta sobre o gramado. Tortinhas, pães, biscoitos e chás enfeitavam a mesa. Além de duas garotas que mais pareciam dois anjos sentadas ao redor. Graciosas com seus vestidos claros feito nuvens flutuantes.

Guardas e criados em pé as ladeavam.

Debaixo do sol refrescante da manhã, as convidadas se aproximaram da mesa.

Dança Do Destino - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora