Capítulo 17

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Assim que chegou no vilarejo, Ana apenas parou e respirou o ar fresco da noite, o cheiro de terra pisada e cerveja fresca

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Assim que chegou no vilarejo, Ana apenas parou e respirou o ar fresco da noite, o cheiro de terra pisada e cerveja fresca.

Ela encontrou na multidão uma das poucas amigas que tinha.
Tina era também uma criada em um casarão ali perto. Ana a conheceu ali no vilarejo mesmo, nos dias de feira em que tia Eva a mandava buscar legumes frescos, Tina também estava lá fazendo o mesmo. As duas conversavam e se viam quando dava.

─── Por que demorou tanto? Achei que não viesse mais?

─── Não è fácil sair do palácio. Estava tendo um baile lá. ─── contou Ana.

─── Eu sei, o Baile de Outono. Como foi? Você dançou com muitos lordes? Comeu muita coisa estranha? ─── Tina perguntava enquanto caminhava ao lado de Ana no meio da multidão.─── Como è a princesa Laurel? Você falou com ela? Tem mesmo masmorras... Uma amiga de minha mãe disse que tem.

─── Creio que não tenha masmorras lá. Mas é impressionante. Tenho até meu próprio quarto. ─── por enquanto.

─── Conte mais do palácio. Você è a única pessoa que conheço que já esteve lá. Estou curiosa.

─── Não sabia que você também era uma dessas donzelas fascinadas pela realeza?

─── Que bobagem. È claro que não sou. ──── Tina fez uma careta. ─── Mas aquele pessoal me intriga. Vamos, conte.

Ana deu de ombros.

─── O palácio foi todo decorado com flores e velas. As mulheres... minha nossa, eram tantos vestidos magníficos, todas pareciam anjos. E dançavam como se tivessem flutuando no ar ─── Ana se deteve em uma barraca de bebidas. ─── Duas Cidras, por favor. ─── pediu à mercadora, e pagou com duas moedas.

─── Não esperaria nada menos pomposo. ─── Tina revirou os olhos e tomou um gole de sua bebida. ─── E o noivado do príncipe? Não seria anunciado no baile?

Ana apertou a azeia da caneca com força.

─── Sim. O anúncio aconteceu essa noite. ─── disse.

A amiga de Ana balançou a cabeça, distraidamente, ao mesmo tempo que passava o olhar pela viela em festa.
Ana fez igual, deixando a mente ser levada pela música agitada que saia da gaita e da viola de dois homens logo adiante.
As pessoas estavam dançando animadas ao redor deles. Aquilo tudo era como um cobertor quentinho em um dia frio, perfeito.

─── Venha, vamos dançar ─── Ana devolveu a caneca vazia e puxou Tina para a roda de dança.

Passos desleixados e leves.
Aquela era a dança que ela conhecia. A diversão de verdade. Sentir que seu cabelo podia voar livremente e seu quadril se mover naturalmente. Sem anágua ou espartilho apertando cada centímetro do corpo.

Dança Do Destino - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora