Não desceram pela grande escadaria principal, que aquela hora estava lotada de guardas. Juan a guiou por escadas escondidas que davam em portas pouco usadas.
Eram tantos corredores que Ana não saberia voltar sozinha por aquele mesmo caminho.Mesmo com toda cautela de não nos corredores principais, não foi possível passarem despercebidos por todos os guardas do palácio. Alguns viram Juan e Ana atravessando o Jardim. Mas nenhum ousou dizer algo, mesmo pelo horário. Ninguém adverteria o príncipe.
─── Ótima noite para caminhar pelo jardim, não è Ravi? ─── Juan comprimentou o guarda que estava de sentinela no final do caminho rodeado de rosas. Onde terminava o Jardim principal e começava o jardim reservado.
Ravi apenas respondeu com um aceno de cabeça, uma reverência rápida e um passo para o lado, liberando a entrada.
Ana exitou. Pensou por um instante nas regras que estava quebrando estando ali. Mas já havia quebrado tantas regras, já estava fora do quarto afinal, já chegara até ali. Um delito a mais ou menos não faria diferença agora. E sobre as regras, pensou ela; não era uma criada ali.
E que o guarda pensasse o que quisesse.ela adentrou o lugar, alcançando Juan que a esperava pacientemente. Ele segurou em sua cintura levemente, guiando-a para dentro do labirinto, mas parou um momento para olhar para trás,par Ravi, fazendo uma expressão séria e ao mesmo tempo irônica.
─── Você devia dormir um pouco, está com terríveis olheiras. Tem minha permissão.
─── Obrigado, alteza.
Ravi continuou onde estava, olhando para frente como se fosse uma estátua de pedra.
─── Eu não imaginava que aqui era tão grande. ─── disse Ana, caminhando ao lado do príncipe, entre os muros do labirinto de folhas.
─── São inúmeras passagens entre as folhagens. E não è possível ver esse labirinto do palácio. Apenas de alguns cantos.
Realmente, da varanda do quarto em que Ana estava hospedada, tinha vista apenas da parte aberta do jardim, o gramado impecável e as diversas flores, onde aconteceu o café da manhã com laurel mais cedo. Mas não conseguia ver aquela parte do jardim, e não sabia que existia um labirinto nele,até esse momento.
─── Esse jardim è pouco usado. As pessoas não gostam de vir para cá, ou tem medo de se perder.
─── Mas você não tem.
─── Eu cresci aqui. Nunca me perderia em lugar algum desse palácio. Quando se è um garoto curioso e cresce em um lugar grande desses, você aprende a ser um desbravador.
─── Você devia ser um garoto muito levado.
─── O que a faz pensar isso? ─── ele arrumou a postura, olhando de soslaio para ela.
─── È o que se pensa de um príncipe que se mete em várias encrencas.
Conforme andavam a lua no céu parecia maior, iluminando mais o caminho. Eles caminhavam e viravam para a esquerda e depois para a direita. E mesmo Ana achando que estavam perdidos, Juan parecia saber exatamente qual caminho tomar.
─── Eu me meto em encrencas? ─── ele jogou a cabeça para trás, rindo. ─── Em um mês você conseguiu ser atacada pelo seu patrão, sequestrada por saqueadores, quase afogada em um rio, e esta agora passeando com um príncipe durante a noite.
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Dança Do Destino - Livro 1
Исторические романыAnastácia é uma jovem criada que nasceu e cresceu no casarão de uma família nobre. Desde que se entende por gente, tudo que fez foi serví-los e obedecer suas ordens. Ela sempre lutou contra a vontade de sair no mundo e fugir das regras, em vez disso...