Capítulo 18

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─── Tina, você viu Ana por aqui?

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─── Tina, você viu Ana por aqui?

A garota se virou sorrindo, animada com a música.

─── Ela estava aqui a pouco tempo dançando comigo. Acho que foi para perto da fogueira com o amigo dela.

Amigo? Que amigo?
Jonathan quis perguntar, mas a garota tinha se infiltrado no meio da multidão novamente.

Ele desviou das pessoas até chegar na fogueira.
Como queria ver Ana... beijá-la. Quanto tempo fazia desde que se abraçaram a última vez? Pareciam anos.
Queria contar a ela sobre a casa. Tinha trabalhado nela durante esse tempo e queria que Ana fosse vê-la também.
A casa deles.

A fogueira estava mais distante, mas ele viu silhuetas perto do fogo.

Ana estava sentada em um tronco caído, ao lado de um homem encapuzado.
Estavam tão perto um do outro que suas respirações pareciam se encontrar quando falavam. Ela sorria de orelha a orelha quando ele falava e os dois se entreolhavam como se fossem bem mais que amigos, ou mais que isso. Como...amantes.

Jonathan parou perto do uma árvore e observou. Era mesmo Ana... mas quem era aquele?

Uma onda de ódio percorreu o sangue de Jonathan. Vê-la tão próximo de outro. Tão sorridente. O sorriso que devia ser dele era para outro. Aquela naturalidade de casal. Não...não estava certo. Não podia acreditar que aquela era sua Ana.

Ele desviou o olhar com raiva, pensando em com agir. Quando olhou novamente, viu quando três bandidos apareceram de dentro da mata e encurralaram Ana e o sujeito que estava com ela. Um dos bandidos imobilizou as mãos de Ana e a segurou.
Jonathan começou a correr para ajudá-la e para acabar com o desgraçado que a segurava, mas parou, estagnado e surpreso quando o capuz do sujeito que acompanhava Ana escorregou revelando seu rosto...o rosto do...

Príncipe.
O homem que estava com Ana era...
O príncipe.

Mas o que diabos ele estava fazendo ali?
Jonathan não se permitiu pensar demais no porque de estarem juntos e o que aquilo significava.

O bandido colocou uma faca no pescoço dela. Jonathan congelou onde estava. Se se aproximasse mais os bandidos o veriam e poderiam matar ela ali mesmo.
Não tinha nada com que lutar. Não carregava nenhuma faca consigo.

Um vulto parou ao seu lado. Ele se virou com tudo quando um grito agudo ressoou bem no pé do seu ouvido.
Ele segurou Tina e tapou a boca dela com uma das mãos.

─── Xiiii. ─── mandou.

A garota concordou com a cabeça e os dois voltaram a olhar para o que acontecia próximo a fogueira.

O principe se rendeu aos bandidos e deixou que o levassem para a mata junto com Ana.
Era uma estratégia, Jonathan sabia. Se deixar capturar era uma estratégia tanto para salvar Ana quanto para se salvar. Mesmo conhecendo pouco do principe, ele sabia que o rapaz tinha o dom da esperteza e não fazia nada pouco pensado.

Dança Do Destino - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora