Capítulo 8

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─── Acorde!

Demorou pouco para Juan perceber que não estava sonhando. Que aquela voz chamando seu nome era realmente a voz de Donovan.

─── Acorde, Juan!

Ele abriu os olhos e se deparou com o capitão da guarda em frente a pequena caverna. Ana estava adormecida com a cabeça em seu peito.

─── Graças aos céus. Você demorou muito para nos encontrar.

─── Eu passei a noite toda debaixo desse temporal a sua procura. Então agradeça aos céus mesmo. GUARDAS! ENCONTREI ELE!

Com o grito de Donovan, Ana começou a acordar, mas foi logo fechando os olhos novamente.

─── Ela está fraca. Precisa de cuidados médicos. Me ajude aqui ─── disse Juan.

Ele passou Ana para os braços de Donovan, que a levantou.
Juan Tentou se levantar sozinho mas suas pernas estavam dormentes e seus pés cheio de arranhões.

─── Você está bem? ─── perguntou Donovan.

─── Já estive melhor. Mas não se preocupe comigi. Ana è quem precisa de cuidados urgentes

Os dois guardas que acompanhavam o capitão se juntaram a eles. Juan se escorou em um deles e assim seguiram pelo caminho seguro que Donovan tinha achado.

O dia mal estava claro. Ainda amanhecia. E como a floresta era um poço de escuridão, mal conseguiam ver o sol. Ainda parecia ser noite.

Logo Juan foi se sentindo melhor e conseguindo andar sem a ajuda do guarda. Os dois homens fardados seguiam com suas espadas em punho, atentos a qualquer sinal de movimento que não fosse o deles.
Não encontraram nenhum animal selvagem no caminho, apesar de ouvirem barulhos arrepiantes que vinham de algum lado da floresta. Se depararam também com ossadas de cervos e avestruzes pelo chão.
Juan agradeceu mentalmente a qual fosse a divindade que protegeu ele e Ana durante toda a noite, ou essas carcaças podiam muito bem ser deles dois.

─── O senhor está com os pés no chão, Alteza ─── um dos guardas parou de repente no meio do caminho e começou a descalçar suas próprias botas. ─── Fique com as minhas...

─── Não è necessário. Eu estou bem assim.

─── Mas, senhor...

─── Fique com suas botas, guarda.

O guarda não mais insistiu.

A caminhada parecia não ter fim. Também não sabia onde dava aquele caminho. A floresta de Moonterrar era tão vasta que varria várias partes do reino.

Longos minutos de caminhada depois, o grupo chegou em uma fileira de árvores separadas, atrás delas tinha uma estrada de terra.
Tinham conseguido sair da floresta. A luz do sol da manhã brilhava intensamente.

Juan observou a estrada.

─── Onde estamos? Não parece Netur.

─── Não estamos em Netur. Essa é Bonaria. Estamos bem próximos da fronteiras entre as duas cidades.

─── Estamos muito longe.

─── Por isso demorei para encontra-los. Vocês vieram parar na parte da floresta de Bonaria.

Apesar de não conhecer muito Bonaria, Juan sabia que as relações com a cidade vizinha nunca fora muito amistosa, por isso sempre evitou viajar para o lugar, mesmo disfarçado podia ser perigoso.

Um coche real estava parada na estrada, com um guarda os esperando.
Juan colocou Ana deitada no banco do veículo e sentou-se ao lado dela. Don sentou-se no banco da frente. Os outros guardas pegaram cavalos que estavam amarrados ali perto e seguiram logo atrás do coche.

Dança Do Destino - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora