QUEEN B - bughead

11 - Borboletas no Estômago

Me fito mais uma vez no enorme espelho que havia em meu closet. Não querendo me gabar, mas já me gabando, eu estou maravilhosa. Não que eu não seja sem esse vestido, mas agora, eu exagerei na beleza. Agradeço aos meus pais pela ajuda esse aspecto.

Estou usando um vestido conprido rosa salmão, havia um decote generoso que realçava meus seios. Um salto da mesma cor estava em meus pés, mas mal era visto. Meu cabelo, optei por deixar a cabelereira fazer um coque glamoroso. Com uma jóias sobre ele e uns fios de cabelos soltos, que simplesmente realçavam perfeitamente o meu rosto e a maquiagem. A maquiagem não é algo pesado, porém também não se passava despercebido. Meus lábios estavam em um rosa nude bem delicado. Achei que não ficaria tão interessante, mas a maquiadora me supreendeu em tudo. Nas sombras, contorno e etc. Eu estava esplêndida.

- Senhorita Betty, está linda - vejo Valentina adentrar-se em meu closet, encarando-me com um sorriso e os olhos brinlhando.

- Obrigada, Tina - retribuo o sorriso sem jeito e ela continua a me encarar com aqueles brilhos desconcertantes no olhar.

- Você cresceu tanto. Pegou tanto corpo - deixou sair, recebendo um olhar álacre de minha parte.

- Hmm - suspiro, e volto a me encarar no espelho - Obrigada... eu acho.

- Queria avisá-la que seu pai acabou de chegar. Foi meio que por isso que vim aqui em cima. Te avisar sobre, mas a vi e não consegui olhá-la sem elogiá-la. Cresceu tanto e...

- Meu pai chegou? Ai, meu Deus. E, por que a demora ao me contar? Preciso vê-lo - estava extasiada e Valentina confirma com um aceno de cabeça sorrindo para as minhas palavras.

- Estava com saudades da minha mocinha - a voz reconfortante do meu pai invade o espaço de meu closet - Não consegui esperá-la lá embaixo, tive que subir e ser um dos primeiros até a sorte de vê-la - o sorriso que ele me lançava me mostrou o quanto eu senti a sua falta. Estava muito feliz para falar algo, então apenas desviei de Valentina, que estava em nosso meio, e pulei em seus braços, sendo recebida em um abraço apertado. Sentir aquele cheiro adulto e paterno do meu pai foi a melhor parte do meu dia até agora. - Calma, princesa. Se não viu, estou ficando velho.

O que era uma tremenda mentira. Meu pai não passava dos quarenta, assim como a minha mãe.

- Senti saudades. Por que demorou tanto para me visitar? - eu já sabia exatamente o porquê. Trabalho, trabalho e mais trabalho. O Cooper aqui e ocupado demais.

- Você sabe, meu anjo... - sua mão passa sobre minha bochecha - O trabalho. A cede da empresa do papai em Nova York é muito mais trabalhoso, do que a filial que temos em Riverdale - disse me analisando. Meu pai é herdeiro e dono de uma das empresas mais, economicamente falando, capitalistas do pais e da América. Nossa família é conhecida, fora de Riverdale e dentro, como a família do Petróleo, por ganharmos muito dinheiro investindo nesse ramo -, mas estava com saudade - aperta o meu nariz, assim como fazia quando eu era pequena - E, meu Deus. Como consegue crescer tanto em dias? Está a cara da sua mãe. Está linda! - falou com aquele jeitinho dele de me elogiar e foi impossível não corar. Eu amava quando ele me elogiava. Mas a parte de corar que me deixava frustrada, pois ninguém consegue essa proeza a não ser o Cooper aqui.

- Obrigada, pai - digo sorrindo, e reparando em suas vestes - O senhor também está lindo. Mais descolado até - mando-lhe uma piscadela. Hall Cooper não estava usando aqueles ternos e smoking que sempre usava, estava mais um estilo hippie, que eu só não o zoei, porque em minha cabeça, faria um ótimo casal com a Phoebe Buffay, de meu seriado favorito.

- Um dos bônus de ser bomossexual é ter bom senso para roupas - o sorrisinho de lado que ele me lançou foi fofo.

- Hmm - encaro Valentina ainda ali, observando-nos. - Tina, nos dar licença? - ela assente e sai com um sorriso. - Mas, papai, me conte. Como está as coisas com a sua nova família? - ranceosa eu digo, saindo do closet e caminhando para meu quarto.