49 - b o y f r i e n d

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POV Betty Cooper

já se passaram duas semanas desde a minha viagem ao Brasil. nesse momento eu estou ajudando a babá de Bella a arrumá-la para irem ao parque. são nove da manhã e minha filha acordou decidida a dar um passeio no parque com o Angel, um gatinho muito fofo que a minha viagem ao Brasil me proporcionou a achá-lo. assim que termino de ajudar a arrumar minha filha, imediatamente corro para o meu quarto. tomo meu banho, na ducha mesmo, por mais que seja tentador uma banheira agora, mas prefiro não me atrasar para o trabalho.

na terça passada eu e Veronica tinhamos negócios a tratar, já que iríamos abrir um estúdio de música, mas acabou que decidimos adiar e não temos datas previstas por enquanto. gosto da idéia de eleger novos talentos, por isso quis esse novo negócio e é algo que gostaria de deixar de herança para Bella. não gostaria de deixar algo como a empresa do meu pai para ela, por mais que é algo que eu me arrisco em trabalhar, sei bem o dinheiro sujo que passa por lá.

arrumada formalmente, eu saio do prédio em que moro. o motorista velho e chato do dia do baile está aqui para me levar, já que Jack pediu demissão. não hesitei em concordar com ele, na verdade eu iria mesmo fazer isso. a única coisa que me impediu, foi o fato de ele ter sido o único motorista comigo no Brasil, então deveria esperar que chegássemos à Nova York para isso, todavia, o bonitão escroto foi mais rápido.

falando em bonitão escroto, tem o idiota que tentou abusar de mim no elevador. aquele acontecimento me corroi todos os dias, me sinto estranhamente incomodada só de pensar se algo muito pior acontecesse. mas, por algum motivo dos céus, e que creio que seja Deus (?) o elevador se abriu e o velho escroto se afastou na hora exata. Jughead me obrigou a contar ao meu pai. eu contei e meu pai fez o que ele mais sabe fazer: resolver do jeito dele. e, sinceramente, tenho medo. sei bem do que meu pai é capaz de fazer para proteger sua família. mas, o que mais me aflita é o fato de ter enfiado o Jughead e o Frank Costello no meio. gosto de pensar que tudo vai se sair em lei, nada fora da lei, até porque sei que Jughead está no meio e ele seria sensato de não fazer vingança com suas próprias mãos, mesmo com toda a raiva que deixava transparecer do cara. espero não está enganada.

chego na entrada da empresa, dessa vez quero entrar pela entrada. nada de estacionamento com o homem que eu mal conheço, da última vez que fiquei sozinha com um desconhecido algo bem tenso rolou e por Deus, só de pensar minha barriga embrulha.

--- Senhorita Cooper, o senhor Jones pediu para lhe avisar que estava esperando em sua nova sala. --- Sandra, minha nova secretária que é até bonita para ser sincera, me aborda assim que adentro ao andar de meu escritório. ela optou por usar o uniforme da empresa, um terninho feminino que acho uma graça, pelo menos sabemos que não irá me decepcionar no quesito roupas. uma graça.

agora, como Jughead e o seu padrasto sinistro estão sócios das empresas Cooper, meu pai garantiu dois escritórios para eles aqui. até que a idéia não foi tão horrível, por mais que eu tenha sentido um ciúme do aproximamento de meu pai e do Jones, tenho certeza que vai ser interessante tê-lo perto de mim.

digo, o cara passa grande parte de seu tempo comigo. não apenas comigo, na real é com a Bella, eles estão mais próximos do que nunca. confesso que o ciúme se reina bastante em meu ser, principalmente quando decidem me excluir de suas brincadeiras idiotas.

caminho até o escritório do pai de minha filha. mesmo sem bater na porta, eu a abro. Jughead estava em uma conversa profissional com um homem que parecia ter a mesma idade que ele e mesmo com seus olhos em mim ele sequer parou de conversar. vi o brilho de seu olhar e parece que ele gostou da roupa. tirei meu sobretudo - o que deveria ser trabalho da secretária. mais outra que será demitida por incompetência. -, colocando-o sobre uma poltrona cafona que ele mesmo escolheu. tenho que admitir, o moreno pode ser um gostoso, mas tem um péssimo gosto para sofás e poltronas. agora, o resto do escritório foi eu quem ajudei mobíliar, depois de ter visto o gosto do pai da minha filha, decidi ajudá-lo a não deixar isso aqui tão cafona e feito: não deixei. está uma graça. chique e glamourosa. até mudaria de escritório, mas o meu é mais espaçoso. a vista de Nova York são praticamente as mesmas, só muda o fato de sua mesa ficar bem perto da vista, já eu gosto da minha longe do enorme brindex.

QUEEN B - bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora