[08]Segredos

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Assim que abri os meus olhos, observei o quarto: As cortinas sem grades nas janelas, a cômoda com uma abajur amarelo e notei a ausência do Flynn, avistei a porta e o vi abrindo apavorado entrando e trancando a porta, olhando para os cantos das paredes como se estivessem câmeras. Ele me olhou, não entendi o porquê, mas ele estava me olhando e num segundo ele estava olhando para suas mãos, baixei o olhar e vi colares de Âmbar em suas mãos.O quê?Não estava vendo aquilo...

—Onde encontrou isso?—perguntei perplexa, mas com tranquilidade ,eram apenas colares.

—Num cômodo, enquanto procurava o banheiro ...Emma isso não me cheira coisa boa...

—Eu acho que é mera coincidência, Flynn.

—Tinha uma vitrine lá... seu colar é igual a esse não é?—se aproximou de mim mostrando os colares e então pude ver as pedras amareladas irregulares e com uma pequena variação de cor.

—Bem...sim, mas isso não significa nada!

—Eu acho que eles querem seu colar, eu tenho certeza disso!...

—Não acho —ele me cortou, fazendo seus questionamentos e sentando na cama.

—E se esses colares forem de outras pessoas que morreram aqui?—ele disse jogando os colares no chão enojado com a probabilidade do fato.—Isso não está certo...

—Flynn se acalme, eu acho que nenhum deles notou meu colar e foi você quem topou aceitar a ajuda deles, apenass aceite —falei calmamente.

—O quê!?, você vai simplesmente ignorar isso?—perguntou incrédulo. Lembrei da noite passada e confesso que acreditaria nele, mas eu vi o Derik ontem á noite ele agiu como se nunca iria me machucar e...Não sei! estava confusa e fiquei pensando até ouvir um sino tocar vindo na direção da cozinha.

—Flynn, é hora de descobrir! — eu falei olhando-o, ele assentiu e abrimos o guarda-roupa procurando  algo que nos servisse. Logo que trocamos de roupa combinamos o olhar do limite, funciona assim: Se algum de nós estiver falando demais ou avistando perigo arqueamos a sobrancelha direita.

—Vamos lá—ele falou abrindo a porta do quarto devagar. Saímos agindo naturalmente em direção a sala de jantar com uma mesa enorme.

—Bom dia—todos se cumprimentavam e se sentavam a mesa. Começaram a se servir e percebi entre várias pessoas naquela sala um homem mais velho que os outros, aparentava ser mais sábio. Ele estava sentado na maior cadeira que havia na mesa, provavelmente uma pessoa de grande influência, estava olhando todos se servirem e então nossos olhos se encontraram. Me servi e ouvi uma voz fraca.

—Você deve ser Emma, nossa jovem visitante—ele falou calmamente me avaliando com um sorriso no rosto e ignorando o Flynn, sorri de volta e concordei.

—E você qual seu nome?—perguntei me aproximando e pegando sua mão, notei o Derik e o seu grupo entrarem. Ele não me olhou, achei estranho e voltei minha atenção para o velho.

—Baruck. Sente-se perto de mim querida— ele me disse então obedeci e fiquei por lá junto com o Flynn. Antes de comer certifiquei-me de que alguém comesse antes para saber se era seguro, não gostaria de ser envenenada. A mesa foi repleta de silêncio com pausas para as histórias dos rapazes que fez cada membro se melar de tanto rir, até que começaram a falar como nos encontraram e estavam todos atenciosos.

—Antes de encontrá-la definitivamente eu a vi dentro de uma casa reservada a acampamentos , ela estava assustada— Derik deu um sorrisinho olhando para mim— e então mais tarde ela apareceu, foi engraçado de ver...você pensou que eu era um assassino sobrenatural não é?

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