[13]Voltar?!

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   Rapidamente fui até o hall e vi que os caras estavam tampando a entrada olhei ao redor e vi o Flynn ao lado da Anastasia. Segurei a mão dele e juntos corríamos rapidamente pelos corredores abrindo as portas e vendo que as pessoas já estavam indo para os fundos da casa. Subi as escadas a procura de alguém deixado para trás, não sabia o que estava acontecendo só queria manter todos seguros, e foi em uma das portas de um tom de azul claro que encontrei uma garotinha chorando. Seus cabelos estavam bagunçados e eram loiros, seus grandes olhos azuis estavam cheios de lágrimas e ela ainda vestia seu pijama rosa de unicórnios, minha reação ao vê-la foi correr até ela, abraçá-la tentando acalmá-la e olhá-la de perto notando que deveria ter uns oito anos de idade.

 —Cadê a sua mãe?—toquei em seu rosto me ajoelhando e limpando as lágrimas com o polegar.

—Eu não sei... eu estou com muito medo, não deixe eles me verem por favor!—ela chorou ainda mais se apoiando em meus ombros. Estava pensando em como tirá-la daqui sem ninguém ver até que senti sua cabeça se retirar de meu ombro e um olhar assustado surgir em seu rosto.—Não me mate, por favor não me mate, por favor!

—Emma?—ele disse e me virei encarando um Derik sujo de sangue e uma arma na mão. Sua expressão se tornou fria ao olhar a menina segurando a barra da minha camiseta quando me levantei.—Onde está sua mãe? você não deveria estar aqui...

—Ela não sabe, está perdida—eu disse tendo sua total atenção, ele andou até mim e sentou na cama cheia de lençóis espalhados.—precisamos ajudá-la a ir embora...

—Temos uma invasão Emma preciso levá-la até onde Baruk está.—ele me cortou apoiando os braços fortes sobre os joelhos.

—Eu percebi, é bem óbvio que com o seu ego você estaria bem longe daqui, e não vindo me resgatar.—disse pegando a mão da menina assustada e acariciando.

—Não dificulte as coisas deixe-a aqui e vamos.—ele disse levantando e esperando que me movesse. Desci o olhar para a menina que me implorava por não deixá-la. Eu jamais acreditaria que Derik fosse capaz de deixar uma garota sozinha sem sua mãe...mas ela é só uma garota inocente! O encarei tomando coragem e andei com a menina ao meu lado.

—Eu não vou sem ela.—senti seu olhar queimar minhas costas enquanto eu andava até os fundos da casa.

 Estávamos dobrando o último corredor quando escutei um estalo alto e sons de ossos se quebrando, olhei a expressão séria do Derik e apertei a mão da menina que me olhou sem expressão e entregou uma foto velha com um sorriso fraco sussurando um "sobreviva e entregue a mamãe". Foi como um flash assim que atingimos a porta o Derik abriu e uma flecha acertou a perna da menina. Ela gritou alto apertando minha mão, e no momento fiquei sem reação paralisada vendo-a gritar e se contorcer de dor para que eu fugisse. Senti uma mão fria e ao mesmo tempo macia alcançar a minha me puxando para correr e me contive em tentar ajudá-la.

—Venha Emma, me obedeça pelo menos uma vez!—ele disse segurando minha mão e me fazendo andar alguns metros. Um ódio me atingiu e por um segundo estava voltando para salvá-la até que Derik me posicionou sobre seus ombros fortes tão rápido que já me vi atravessando uma porta metálica e dentro da escura floresta. Estava sem voz, um grito ficou preso em minha garganta quando vi dois caras atingir sua cabeça desmaiando-a no chão e logo nos olhando com fúria.

—Não preciso que me carregue—falei depois de alguns minutos já distante daquela saída e com as lágrimas secas sobre minhas bochechas. Limpei meus olhos marcados pelas lágrimas e tentei me soltar dos seus braços numa falha tentativa. Ele cansado valia por quatro de mim.

—Já estamos chegando, descanse.—ele falou com a típica voz autoritária.

—Eu sei andar!—falei um pouco alto de mais notando seu corpo ficar rígido e logo me pôr no chão num rápido movimento reposicionando a lanterna e murmurando—Obrigada

ÂmbarOnde histórias criam vida. Descubra agora