[10]Truth or date?

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Derik

 É, ele estava com um rosto irritado olhando para mim, sua expressão era pura fúria. Me encolhi e observei o Ben e o Allen se aproximarem, mais atrás avistei o Flynn. Socorro, o que estava acontecendo? por que não fizeram o mesmo com o Flynn?. O mais estranho de pensar era que, como minha vida virou tão rápido de cabeça para baixo em um acampamento? Só de pensar nisso minha cabeça doía.

—O que tem a dizer sobre ter fugido de nós?—Derik me perguntou com olhos penetrantes. Não deixei me abalar por isso, é claro continuei firme e forte.

—O que? você acha mesmo que sou tão ingênua, ao ponto de acreditar nessa desculpa esfarrapada?—disse enfrentando-o com toda a seriedade existente.

—Desculpa? nós estávamos te ajudando e você... você rejeitou nossa ajuda!—ele disse e o Arsher colocou a mão em seu ombro, eles se entreolharam e saíram.

—O que está havendo? porque não nos deixaram morrer no frio do Canadá?—eu disse exigindo uma resposta. O Flynn se aproximou e se inclinou próximo ao meu joelho.—me solte Flynn.

—Eles me explicaram uma coisa...sobre você, Emma—ele disse me olhando nos olhos, virei o rosto e suspirei de exaustão.

—Eu não quero saber, eu só quero ir para casa!— a esse ponto já estava muito irritada, tentei me soltar mas a corda era muito grossa e todo o meu esforço não adiantou de nada. O que estava havendo? Eu queria muito sair dali e me desamarrar das cordas que me aprisionavam, logo eu senti um calor percorrer por minhas veias e minha cabeça começou a doer me concentrei em toda a raiva que eu estava sentindo, até que as cordas começaram a encandecer e logo estava solta. Olhei para os meus braços com os olhos arregalados puxando a jaqueta, continuavam os mesmos de sempre.

—Co...como você fez isso?—o Flynn perguntou assustado, olhei para ele sem entender. Isso não podia estar acontecendo, não mesmo. E foi então que enquanto eu estava olhando para os meus braços o Arsher se aproximou.

—Nós não somos assassinos, Emma...por favor confie em nós...confie em mim.— ele disse calmamente.

—Ah, é. E como você explica o "faça o que tem que ser feito" dito por aquele velho?

—Ele se referiu a levar vocês e dar o telefonema, é claro que não iríamos te matar—disse o Derik se aproximando entediado. De cara percebi que o Flynn havia contado tudo, talvez ele estivesse ameaçado e está falando essas coisas só para não morrer.

—Ah é, e como explicam o fato de ter atirado no carro do Gin? e ter nos perseguido só porque fugimos daquela droga de casa!— eu disse já não aguentando mais aquelas desculpas. Derik e Arsher estavam se entreolhando, aposto que criando uma nova mentira para nos matar. Mas o que eu não entendia é: porque mentir se já poderiam ter nos matado a algumas horas?

— Pode parecer estranho e sei que é díficil de acreditar em pessoas que simplesmente oferecem ajuda, mas nós descobrimos uma coisa sobre você e bem... conhecendo o Gin ele iria levar os dois e decepar suas cabeças no High Wall.

—High Wall?

—Ah, a alta muralha onde aquele infeliz  tem sua colônia—disse o Arsher movendo o maxilar.

—Preciso ficar a sós com meu amigo—disse saindo do carro e andando até uma árvore solitária. O Flynn veio atrás, ele me parecia preocupado e confuso—então... o que disse a esses mentirosos?

—Apenas o que você me disse, eu fiz muitas perguntas e eles, bem... me convenceram. Emma, eles não estão mentindo e...

—E como sabe disso?Aposto que te obrigaram a me convencer, por isso está todo estranho!—disse quase dando um tapa em seu rosto.

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