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Oi meus amores, se vocês estão gostando da historia pfv votem e comentem...

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Pela janela do carro o vento tocava minha face, os raios de sol tocavam majestosamente a pele do meu braço apoiado na janela, por um momento eu tive a sensação de liberdade, tive vontade de descer do carro e sair
correndo, mas eu não podia, e meu sorriso desmanchou-se em lágrimas silenciosas.

- Está tudo bem filha? - Meu pai perguntou um pouco preocupado.

- Estou papai, só estou feliz de estar voltando pra casa - menti, a verdade é que eu não sabia se voltaria a andar, mesmo os médicos dizendo que era apenas um trauma simples e que com força de vontade e muita fisioterapia eu iria me recuperar. Limpei o rosto com as costas da mãos, olhei pro meu pai e sorri. Ele sorriu de volta. Pouco tempo. depois estávamos chegando em casa.

Ele desceu do carro foi até o porta malas e tirou minha cadeira de rodas, me pegou no colo e me sentou nela.

- Porque demorou tanto? - minha mãe perguntou saindo apressada de casa - Estava preocupada.

- Passamos pela praia.

- Eu queria ver o mar, podemos entrar?

- Claro. - Meu pai empurrou a cadeira até a entrada.

Na porta da sala uma pequena rampa foi instalada para facilitar meu acesso. Fechei os olhos assim que adentramos pela sala, era tão acolhedor, fui tomada de uma grande emoção esqueci por alguns instantes que era uma cadeirante, até entrar em meu novo quarto que ficava no primeiro andar da casa, era o antigo quarto de hóspedes, não era tão grande quanto ao meu, mas servia. Estava todo adaptado a minha nova condição, o banheiro tinha barras de apoio no boxe e próximo ao vaso sanitário. Me senti uma inútil e um grande estorvo. Segurei minhas lágrimas, não queria chorar na frente dos meus pais, eles estavam tão felizes com minha volta, não queria magoá-los ou preocupá-los.

Estavamos jantando quando a campainha tocou, como era folga da nossa funcionária, meu pai levantou-se e foi atender a porta. Quando ele voltou, uma mulher conhecida estava ao lado dele vestindo roupa e sapatos brancos. Ela sorriu pra mim.

- Boa noite Perrie, boa noite Debbie - Ela nos cumprimentou.

- Boa noite Kelly - a cumprimentei, mas eu não entendia porque ela estava ali.

- Boa noite - minha mãe se levantou a cumprimentando com um beijo na bochecha - Sente- se e janta conosco.

- Bom apetite, eu já jantei - sentou na cadeira ao meu lado, eu a olhei.

- Perrie a Kelly vai te acompanhar durante a noite, assim ficamos menos
preocupados - minha mãe disse olhando nos meu olhos. Meu Deus eu sou uma inválida. Pensei. - Tudo bem pra você? 

- Tudo - saiu seco, eu não poderia dizer não.

Terminamos o jantar em silêncio, fiquei mais um pouco na companhia dos meus pais e depois fui pro meu quarto acompanhada de Kelly. Ela me ajudou no banheiro e a ir pra cama. Ela apenas me perguntava se estava bom daquele jeito. O que era bom eu não estava afim de conversar, eu só queria chorar, chorar e chorar, tapei a cabeça com o lençol e chorei em silêncio até adormecer.

Quando acordei Kelly já não estava, minha mãe foi quem me ajudou. Tomei meu café e voltei pro quarto. Doutor Jake estava a caminho pra começar a minha fisioterapia.

- Querida quer mais alguma coisa?

- Não, só quero ficar um pouco sozinha por favor. - juntei as mãos em frente a minha boca.

- Qualquer coisa chama. 

- Ok - beijou minha testa e se foi.

Ela saiu do quarto fechando a porta, respirei fundo e fechei meu olhos por alguns instantes, mas o meu momento de solidão durou pouco. Batidas na porta me tirou do meu mundinho.

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