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- Amor acorda - Acordei com Jade sacudindo de leve meu braço.

- O Que foi? - perguntei com a voz rouca, meus olhos pareciam que tinham jogado 1 quilo de areia em cada um deles.

- É o que eu quero saber, você estava agitada, acordei com uma pancada tua.

- Eu te bati? - perguntei com os olhos ainda fechados.

- Você não me bateu, apenas me acertou inconscientemente, parecia estar brigando com alguém, falava coisas sem nexo, pode me dizer  o que era? 

- Não sei bem - abri um pouco os olhos, ainda era noite, mas o quarto estava claro pela luz do abajur aceso, ela estava sentada me olhando.

- Estava brava comigo? Quero dizer no sonho.

- Estava mais pra pesadelo do que pra sonho. E eu não estava brigando com você, eu não me lembro muito, estava eu, você e Leigh Anne, e não sei por qual motivo eu estava muito puta com ela. - Ela deitou de frente pra mim.

- Devia estar me defendendo - ela sorriu e acariciou minha face.

- Talvez sim - sorri de volta. - Podemos voltar a dormir, estou com muito, muito sono.

- Podemos - ela se  virou e apagou a luz do abajur, me abraçou e dormimos. 

Acordamos cedo, tomamos banho juntas e descemos pra tomar café a tempo de aproveitarmos um pouco da companhia dos meus pais. As vezes eu me sentia incrédula que tudo isso estava realmente acontecendo, a afinidade dos meus pais com Jade, as
conversas, os risos tudo tão perfeito que parecia um sonho. Voltei a realidade com meus pais despedindo de mim, iriam a São Francisco para um passeio.

- Amor tem certeza que não vai te atrapalhar?

- Já falei que não,  vamos nos divertir muito.

- Eu fico preocupada de estar incomodando, seu pai não vai estar no resort hoje e tals.

- Para de se preocupar, Jon vai estar, se surgir algum imprevisto e tiver que ir lá eu a levo comigo não tem problema algum.

- Você é um anjo sabia? - pousou a mão em meu ombro e acariciou.

- Não sou, é só o amor que é muito. 

- Ela também ama você. 

- Que horas vai trazê-la?

- Vou atender um paciente agora e assim que terminar eu trago a nossa menina.

- Nossa? - sorri abobada.

- Sim, vocês se amam e eu amos vocês, nada mais justo. Agora eu vou indo se não vou me atrasar. - ela se levantou.

- Fica mais um pouco? - também levantei me colocado na frente dela e segurei sua camisa.

- Queria muito, mas o dever me chama - me abraçou - daqui a pouco eu volto - me deu um selinho.

- Fazer o que não é, se não tem outro jeito. - retribui o selinho, e a soltei.
Ela foi andando em direção a sala e eu fui atrás acompanhando-a.

- Até daqui a pouco - ela abriu a porta e antes dela sair puxei-a pelo braço, abracei e coloquei as mãos no bumbum dela.

- Vou me atrasar - me deu um beijinho de esquimó.

- Não me importo - beijei-a com intensidade e apertei seu bumbum. - Fiquei com vontade de você agora, como faz? - e voltei a beijá-la. 

- Ei vocês duas nesta casa existem cômodos que se chamam quartos - Maria disse ao passar pela sala e presenciar a cena.

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