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Dois meses se passaram, e eu estava levando minha vida da melhor maneira possível, aprendendo a conviver com a ausência dela. Eu não sei, mas algo me dizia quebseria assim daqui pra frente. Dei dois passos lentos em direção a Kelly.

- Muito bom garota continue assim - ela disse cantarolando.

- Estou indo bem mesmo? - dei mais um passo.

- Claro que está, Jade tem feito um bom trabalho com você.

- É, ela fez um bom trabalho. - Suspirei. cheguei ao fim da passarela e sentei em minha cadeira, fomos até a mesa de sempre e Maria nos serviu suco.

-  Quando ela volta?

- Ainda não sei, não perguntei ela sobre isso. - tomei um gole de suco.

- Seu aniversário está chegando, está animada?

- Não muito - dei de ombros. Minha mãe queria porque queria fazer uma festa, já que não comemoramos no ano anterior, ela queria celebrar minha vida, convidar todos os meus
amigos, mas eu não encontro uma razão pra isso, sei que eu já melhorei bastante, mas eu ainda estou presa em uma cadeira de rodas. Acabei aceitando para não contrariar ela.

-E porque não ?

- Não encontro motivos pra comemorar, completarei 26 anos e não tem nada de especial essa idade.

- Explica.

- Não é como se eu estivesse fazendo 30 anos, fazendo uma passagem da juventude para uma idade adulta.

- Entendi, mas você nasceu outra vez, você não acha que esse já é um ótimo motivo pra comemorar?

- Sim, mas eu não estou em clima de festa.

- Sente falta dela não é?

- Muita, e cada dia que passa só aumenta, sinto que vou ficar louca de tanta saudade. - enfiei meus dedos entre meio meus cabelos.

- Daqui a pouco ela tá de volta e você terá ela todinha pra você.

- Não mais - abaixei a cabeça.

- Como sabe?

- Ela agora tem um bebê, e ainda tem a esposa dela, devem estar bem pelo fato de mal nos falarmos.

- Não tire conclusões precipitadas, bebês precisam de cuidados e tomam muito do tempo da mãe.

- É pode ser, mas não vou alimentar minha esperança, já estou sofrendo o suficiente.

- Ok você é dona da sua vida e sabe o que faz. Te vejo amanhã?

- Claro, e na mesma bat-hora de sempre - sorri

- É isso ai garota, assim que eu gosto de te ver. Até amanhã - ela beijou minha testa e se foi.

Uma semana depois tinha balões espalhados por toda casa e jardim, uma mesa com um bolo enorme, e uma variedade de doces e bombons foi posta em uma mesa na sala, na
cozinha uma mesa com salgados variados, snacks, dois tipos de molhos ( cheddar e barbecue) e bebidas, como cerveja, vodka, whisky, vinho, refrigerante, suco e água.

Eu usava um vestido branco justo na altura dos joelho, a pedido da minha mãe. Até que era um vestido bonito com um decote em V, foi o que me fez aceitá-lo. Meu pai convidou alguns amigos que se misturaram aos meus amigos. Krystal foi a primeira a chegar acompanhada do seu namorado, conversamos até a chegada dos outros, Jesy apareceu e me fez companhia, eu conhecia todas aquelas pessoas, mas eu me sentia deslocada dentro da minha própria casa e junto dos meus amigos, Kelly me abraçou, mas foi direto falar com Maria, a amizade delas era incrível. Todo mundo estava lá, menos a pessoa que mais importava e a que eu mais precisava naquele momento, a pessoa por quem eu ansiava dia e noite, a pessoa que me fazia sentir coisas que eu nunca tinha sentido antes. Sai da cozinha com um copo de vodka com suco de pêssego e fui até a sala em busca de uma mini torta de cheesecake com calda de frutas vermelhas, deixei o copo na beirada da mesa e me servi de uma torta, enquanto eu a degustava fui tomada de uma grande euforia, não sabia o que fazer, se eu ia até a porta ou se eu largava o doce por ali.

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