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Gente na moral se esse cap nao tiver um bom resuldado de leitura votos e comentarios, fiquem cientes de que eu vou apagar essa fic em definitivo, como eu planejei fazer hj, e ate fiz, porem resolvi dar mais uma chance... Porem e so mais essa chance.

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Quando acordei Kelly estava me olhando sentada na poltrona que ficava no canto do quarto do lado oposto das camas. Olhei a hora no celular e passava das 9hs.

- Bom dia.

- Bom dia, o que faz aqui ainda? - Estranhei sua presença ali até àquela hora 

- Seus pais pediram pra eu ficar te fazendo companhia até eles voltarem da rua.

- Droga, tinha me esquecido que eles iriam sair cedo - suspirei contrariada.

- Vai me contar porque dessa cara de poucos amigos?

- Foram ver um novo fisioterapeuta, eu não queria, só aceitei para não contrariar eles - apoiei os cotovelos  na cama puxei o corpo pra cima e me sentei.

- Você não quer sair dessa cama? - ela cruzou os braços e me lançou um olhar examinador .

- Não me olhe assim. - Franzi o cenho.

- Esperando você responder a minha pergunta - ela se mantinha firme.

- Quero, mas eu não quero ninguém aqui me tocando - passei a mão no rosto e bufei.

- Acha mesmo que sozinha sem a ajuda de um profissional vai conseguir? - Ela se levantou e fixou seus olhos nos meus.

- Sim, se os médicos disseram que eu não tenho problema uma hora elas vão se mexer, você não acha?

- Elas precisam de estímulo, de alguém que faça por você o que você não consegue fazer.

- Podemos não falar sobre isso, estou com fome.

- Você que sabe. Vai tomar café aqui?

- Não, quero tomar café lá no jardim da piscina. Preciso espairecer.

- Quer tomar banho antes?

- Não, só vamos lá pra fora.

Essa era uma parte chata, ser “carregada” porque eu não conseguia sair da minha própria cama sozinha. Sentada em minha bela cadeira ela me empurrou até o jardim e posicionou a cadeira em frente a mesa de forma que eu ficasse de frente pra piscina. Eu ainda não tinha ido naquela parte do jardim. A piscina tinha barras de apoio, e um pouco mais a frente um toldo de policarbonato foi instalado e embaixo dele barras paralelas, meus pais realmente estavam fazendo tudo que podiam ao alcance deles. Engoli em seco, fechei os olhos e enterrei meus dedos em meu cabelo, não contive as lágrimas. Kelly voltou trazendo meu café, limpei meu rosto rapidamente.

- Obrigada Kelly. Me acompanha?

- Bom apetite ja fiz o desjejum acompanhada dos seus pais. 

- Ok, farei sozinha então.

Tomei meu café em silêncio, Kelly não puxou assunto acho que percebeu que eu não queria conversa, ela me entendia só de olhar, sentou ao meu lado e ficou ali olhando pro nada. Não demorou muito meus pais chegaram, começaram a falar do novo
fisioterapeuta, mas não fiz questão de saber. Kelly se despediu e foi embora, era folga dela e eu só a veria uma noite depois. 

Eu estava ansiosa, acabei acordando cedo o coração parecia um tamborim, a boca estava seca, estiquei o braço e peguei uma garrafa de água que estava numa mesinha de canto grudada em minha cama, tomei quase toda água e comecei a pensar em um motivo, poderia ser por causa do novo fisioterapeuta que depois de uma semana finalmente iria vir, mas eu realmente não estava animada pra começar a terapia, logo descartei essa opção.

Apertei a campainha que foi instalada ao lado da cama, minha mãe sempre acordava cedo então não demorou muito pra ela chegar ao meu quarto. Ela me ajudou como sempre quando era folga de Kelly, ou quando eu acordava depois dela ter ido embora ou quando ela precisava ir embora mais cedo como hoje.

Tomei meu café sem pressa, ainda tinha quase uma hora até ele chegar, é eu estava tensa demais não posso negar, a tortura iria começar. Coloquei meu fone de ouvido e fui olhar minhas redes sociais tentei relaxar o máximo possível, acabei cochilando e acordei com minha mãe me chamando.

- Perrie - ela tirou o fone dos meus ouvidos, espreguicei e bocejei. - Querida tá na hora.

- Estou acordada - Desviei o olhar da minha mãe e olhei pra frente, meu coração quase parou, esfreguei os olhos pra ver se não estavam me enganando ou se eu ainda estava sonhando. Aquela figura séria, de braços cruzados sobre o peito, de pele bronzeada, óculos, cabelos castanhos com as pontas m um tom mais claro... Mas era linda e sexy, senti minha boca abrir, não sei se aconteceu ou foi impressão minha. Só sei que fiquei perplexa.

- Quem é essa? - Perguntei minha mãe sem desviar o olhar da mulher.

- A nova fisioterapeuta. 

- Mas não era um homem? - Olhei pra minha mãe incrédula. 

- Também achávamos que era homem, e se você se interessasse mais pelas coisas que tem a ver com você teria sabido antes que era uma mulher.

- Não achei que fosse necessário saber do fisioterapeuta, ele viria de qualquer maneira.

- Faz diferença se é homem ou mulher?

- Não,  não faz diferença. Aliás é tudo igual. -  emburrei      

- Vou deixar vocês, e comporte-se - ela falou baixou, beijou minha testa e saiu.
             
Ela entrou arrumando o óculos, usava uma legging preta e camisa de manga comprida branca de algodão justa no corpo,  respirei fundo. 

- Bom dia Edwards - ao terminar de falar ela sorriu.

- Bom dia - respondi um tanto séria. Seus olhos castanhos me fitavam como se buscassem algo. 

- Pronta pra começar? - entrelaçou seus dedos esticou os braços .                      
- Não. Na verdade eu não quero fazer Isso - Cruzei os braços.            
          
- E o que a senhorita quer fazer então? - Arqueou a sobrancelha.

- Eu vou continuar ouvindo minha música, você eu não sei. - fui ríspida sem necessidade, dei de ombros.                    
- É do tipo rebelde sem causa. Adoro esses tipos. - Deu de ombros e pegou a cadeira que estava próximo da mesinha, sentou-se e cruzou os braços. - Vamos ver até onde você
vai com isso.                      

- Até você se cansar ir embora e nunca mais voltar - fixei meus olhos no dela e falei sem medo, nada me importava mesmo.                     

- Eu não ligo de vir aqui todos os dias sentar nessa cadeira e ficar olhando você fazer qualquer coisa desperdiçando sua vida, meu salário eu vou receber independente do que eu esteja fazendo aqui. - ela cruzou as pernas e me deu um sorriso cínico.

"Insolente" Pensei. Queria ter mandado ela ir embora no mesmo instante, mas pensei nos meus pais e no esforço deles, coloquei meu fone e continuei ouvindo minha música. E 50 minutos fatídicos depois e 30  minutos deles ela me analisando...

- Até amanhã Edwards. - levantou da cadeira e deu as costas pra mim.

Eu não respondi, ela abaixou e pegou a bolsa que estava perto da porta, pendurou no ombro e saiu sem olhar pra trás.

Já vi que terei dias difíceis, ter que ficar aturando essazinha achando que é a dona do pedaço, darei um jeito de fazê-la desistir, não gostei dela e eu não a quero aqui, não quero ela olhando pra mim e fazendo julgamentos pelo olhar.

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Finalmente a Amelia apareceu neh kkkk demorou

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Wake UpOnde histórias criam vida. Descubra agora