• Klaus | Ele é Perfeito Do Jeito Que é

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*Possui conteúdo hot, leia por sua própria conta e risco*


Você estava no ateliê de Niklaus, estava sentada no banco em frente ao piano de calda, com sua roupa mais confortável, a blusa de Niklaus, com os botões abertos e suas roupas íntimas, apenas concentrada, tocando e treinando sua música favorita: River Flows In You. Era uma música clássica, qual você já sabia de trás pra frente, como a palma de sua mão. Sabia as notas, o tom, o tempo, a harmonia, a sinfonia, tudo. Então a sua mão corria por entre as teclas pretas e brancas, com uma facilidade e uma agilidade que você mesma se surpreendia.

Niklaus, à sua frente, também estava concentrado nas teclas. Era sempre assim nas tardes de quinta, onde ele tirava tempo para estar com você, enquanto você tirava um tempo para treinar. E era um momento que os dois gostavam, pois os dois estavam relaxados, sempre estavam em conexão.

Enquanto você tocava, você o via relaxado e concentrado e isso a fazia concentrar, quando o fato era você e seu teclado, já que na maior parte dos dias Niklaus ocupava seu tempo com matança, sangue, cabeças rolando, corações voando e corpos no chão. Enquanto ele estava relaxado e concentrado, você sabia que corpos não estariam estirados no chão, nem corações fora dos corpos, nem cabeças voando, e isso te deixava bem relaxada para fazer o que te mandava para o mundo paralelo. Tocar seu piano.

Você estava concentrada tocando, mas sentia o olhar de Niklaus em você. E você desviou os olhos das teclas por um segundo e o pegou fazendo exatamente isso, a observando com os olhos semicerrados, com um olhar sério, mas que transparecia felicidade.

Seus dedos se movimentavam mais rápido, você quase não os enxergava, mas sabia exatamente onde estavam e todos os movimentos que faziam.

A correria dos dedos não parecia nada com a calmaria que a música causava em seu coração, corpo e alma. Você fechou os olhos, sentindo-se acariciada e abraçada com aquelas notas que invadiam seus ouvidos com a doce melodia.

Com os olhos fechados, você não sentiu a presença ao seu lado. Apenas quando abriu e viu Niklaus sentado ao lado. Levou um susto daqueles que levam seu coração a mil em milésimos de segundos e você recolheu sua mão do instrumento. — Aii Nik, mais silencioso não há como.

Um sorriso torto se instalou na boca dele enquanto ele te olhava. — Não queria interromper a calmaria de sua alma e coração. E foi exatamente o que eu fiz. – o seu sorriso se tornou um sorriso triste. Você não estava acostumada a ver reações e emoções estampadas no rosto de Niklaus, muito menos duas emoções ao mesmo tempo.

Você respirou fundo, recuperando o fôlego e sorrindo. — Não há problema algum Nik, só não seja tão silencioso a ponto de me assustar da próxima vez.

— Vou lembrar-me disso da próxima vez. – mais uma vez você suspirou, olhando o piano descansando de sua posição ereta. – Nunca a vi tocar com tanta paixão. Seus dedos correram pelas teclas quase automaticamente.

Você sorriu. — Não é nada demais, Nik. – mais uma vez tomou sua postura colocando os dedos no piano. – É treino. – você fez uma sequência de notas quase que perfeitamente tocadas e em harmonia.

— Não... Não é isso. É algo que vem de dentro de você e transparece como uma aura brilhante estampando em seu rosto. – ele volta a sorrir, o que te leva a sorrir com ele.

— Bem, algo que te faz relaxar é a pintura, para mim, a música me transporta a um lugar só meu, onde eu sou a protagonista, coadjuvante, faço os bastidores, crio o roteiro. Eu faço tudo, eu sou dona do meu mundo. – você voltou a dedilhar a música com seus dedos de forma lenta, enquanto o silêncio se criava no meio dos dois.

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