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• Kai | Fome

*Possui conteúdo hot, leia por sua própria conta e risco*

— Estou com tanta fome. – você rosnou baixinho, uma linha de veias dando vida sob seus olhos. Todo o seu corpo doía com uma fome que só o sangue poderia satisfazer, suas presas perfurando levemente sua língua seca.

Você estava na floresta, cercada por árvores verdes brilhantes, suas botas afundando no solo rico sob seus pés. Cheirava a pinheiros e ar fresco, mas tudo o que sua mente podia fazer era girar com o desejo de se alimentar. Raios de luz solar fraca escorriam das nuvens escuras que pairavam no céu cinzento. Você tentou ser boa porque não queria machucar ninguém, mas você era uma vampira recém-transformada, e o sangue animal apenas acalmava seus desejos. Você prometeu a todos que você tinha tudo sob controle, e todos eles acreditaram. Todos exceto...

Você ouviu o barulho de alguém surgindo atrás de você e se virou para encarar um Kai arrogante.

— Você sempre pode tentar a dieta humana. – ele ofereceu. – Correr de mim não vai te deixar com menos fome.

Os lábios dele se contraíram levemente, formando seu familiar e presunçoso sorriso. Os olhos azuis brilhavam, as bochechas definidas rosadas, cabelos castanhos alisados ​​perfeitamente sobre a cabeça. Ele era impressionante, sim, mas...

— Kai, você machuca as pessoas, e eu não posso fazer isso. – você respondeu com firmeza.

— Oh, não finja ser tão inocente. – brincou Kai. – Eu sei que você não é a garota perfeita que você finge ser.

Você sentiu seu coração falhar uma batida momentaneamente e engoliu o nó na garganta com uma pequena sacudida de sua cabeça.

— Me deixe em paz, Malachai.

— Mas você é muito divertida, princesa. – ele sorriu, lambendo os lábios rosados.

Você revirou os olhos e se virou, esperando Kai ir embora.

— Olha, eu sei porque você não pode confiar em mim. – ele começou suavemente, com uma preocupação genuína.

Seus olhos se fecharam enquanto você tentava bloquear o som da voz dele.

— Mas eu prometo a você que posso ajudá-la nisso. Eu não vou contar para ninguém que você estava mentindo para eles, (s/n). Apenas, por favor... deixe-me ser o cara legal pelo menos uma vez.

Você respirou fundo, as veias sob seus olhos desaparecendo momentaneamente.

— Você não consegue ser o cara legal, Kai. Porque você não é um cara legal. – você sussurrou baixinho, recusando-se a olhar para ele.

Em um segundo, você foi jogada para trás, suas costas batendo com força contra a casca afiada da árvore atrás de você. Você gritou, Kai te prendendo firmemente no lugar, o aroma dele te dominando, os olhos dele estavam escuros de raiva.

— Quer saber, você está certa. – ele respirou, com a voz baixa. – Eu não sou bom, mas você também não é. E não precisa fingir para mim, porque eu conheço a garota que você é, aquela que você está com medo de mostrar para qualquer outra pessoa. Você é uma vampira agora e vampiros matam. E por mais que você negue, eu sei que sua linda e pequena boquinha quer ser engolida pelo sabor do sangue quente, e com suas emoções aumentadas, você deve estar morrendo de vontade de tentar todas as coisas sujas que você nunca tentou antes. – ele disse roucamente.

Seu peito subiu pesadamente, os olhos cintilando sobre as feições irritantemente perfeitas de Kai. Era impossível pensar diretamente com o peito dele pressionado com tanta força em você.