• Klaus | Não Sou Mais Criança

13.4K 474 66
                                    

— E para onde você está indo com tanta pressa? – você revirou os olhos ao som da voz do seu pai, parando no caminho enquanto se virava para encará-lo. Lá estava ele, o infame Klaus Mikaelson, o híbrido Original, a criatura que os homens mais fracos temiam, ou como você o conhecia: pai.

Para você, ele não era algo para ter medo; ele era algo para se irritar, um pai superprotetor e paranóico que precisava saber de cada movimento seu. Quando você era mais jovem, quando ele começou a arruinar sua vida, você entendeu. Entendeu que, como filha dele, estava sob grande ameaça, você e sua irmãzinha. Hope tinha apenas dois anos e não entendia quem era o pai dela; você duvidava que ela entendesse alguma coisa sobre a família em que ela nascera.

Garotinha sortuda.

Mas agora, depois de alguns anos checando cada movimento seu, você se cansou das palhaçadas de seu pai. Você tinha dezoito anos agora, não era mais uma garotinha. Você era uma adulta que podia cuidar de si mesma, sabe, com a magia que possuía e com aqueles poderes de lobisomem, sem mencionar a agilidade que as qualidades de vampiro de seu pai lhe haviam dado.

Você só queria um tempo para ser você, para não ter de se preocupar com o fato de ser uma Mikaelson. Era momentos como estes que às vezes você invejava do seu tio Kol, que passara seus mil anos correndo livre e sem se importar. Claro, você provavelmente não mataria ninguém.

— No Rousseau. – sua resposta foi brusca, a testa de Klaus franzindo com o seu tom.

— Com quem?

— Ninguém.

Era verdade. Você gostava de passar um tempo no bar, lendo em voz baixa, encontrando conforto e solidão no barulho que eram dos moradores de Nova Orleans. Era mais pacífico do que ficar em casa, alguma nova ameaça sempre se opondo à sua família, gritaria e brigas ocorrendo com frequência.

— Então você está indo sozinha?

— Não, ninguém é meu melhor amigo, você já o conheceu antes. – sarcasmo escorria de suas palavras. Quando você era mais jovem, não ousaria usar esse tom, temendo a ira infame de seu pai. Agora, você sabia que ele nunca iria usá-la em você, falando tudo o que queria quando necessário.

Ele te amava, afinal de contas.

Um suspiro exasperado saiu da boca de Klaus. Ele estava apenas tentando te proteger; se tivesse sido sua escolha, você não teria nascido nessa família. Teria nascido em uma família que não tinha drama os envolvendo, que poderia viver uma vida normal. Ele não te merecia, nem Hope, aliás; ele não merecia o amor de alguém tão precioso, e você certamente não merecia um pai como ele.

No entanto, ele iria protegê-la de qualquer maneira que pudesse.

— Talvez eu deva ir com você.

— Papai...

— Estou falando sério, (s/n). Qualquer um poderia estar lá, qualquer um poderia te ver, poderia te usar contra mim.

— Papai, pare! – os olhos de Klaus se arregalaram com o seu tom agressivo. – Eu não sou mais uma criança. Eu sou perfeitamente capaz de andar por Nova Orleans sozinha. E se algo acontecer comigo, eu tenho magia, posso me proteger. Você não deveria se preocupar comigo indo para Rousseau também. Eu não sei se você notou, mas o dono é um vampiro e é meu amigo. Ele me protegerá se isso acontecer.

— Eu só quero que você esteja em segurança. – a voz de Klaus tinha acalmado quando ele percebeu suas palavras, uma sensação de afundamento no estômago quando ele percebeu que você não era mais uma criança, que você nem sempre precisava dele, embora ele pensasse o contrário. Que você era uma mulher adulta, que estava cercada por pessoas que a amavam e que a protegiam se não pudesse fazê-lo sozinha.

Se eles não quisessem morrer nas mãos dele também.

Você deu um passo em direção ao seu pai, toda a irritação desapareceu, substituída por nada além de compreensão e simpatia por ele.

— Eu sei, pai. Mas eu vou ficar bem, prometo. Agora, por favor, posso ir?

Ele hesitou antes de responder, sua crença em seu melhor julgamento vindo à tona.

— Ok, vá. Mas volte às sete, preciso que você cuide de Hope.

Você sorriu, a perspectiva de passar um tempo com sua irmãzinha causando-lhe imensa alegria. Você a amava muito e estava ansiosa para quando ela crescesse e fosse capaz de compartilhar suas habilidades mágicas com ela, e para ter alguém que te entendia perfeitamente.

— Obrigada, papai. – você beijou Klaus na bochecha. – Eu te amo.

— Eu também te amo, (s/n). Agora vá, antes que eu mude de ideia.

Você nunca saiu do complexo tão rápido.

///

CRÉDITOS: nmikaelsonimagines no Tumblr. Traduzido por mim!

Gente, esse imagine foi um pouquinho diferente né... Pelo fato de ter colocado a leitora como filha do Klaus. Mas eu gostei muito! E vocês, o que acharam? Decidi postar mais um pra vocês hoje porque não tenho certeza se vou poder postar amanhã, mas se der eu posto outro ok? beijinhos!

TVD/TO Imagines »  OS MELHORES!Onde histórias criam vida. Descubra agora