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• Elijah | Sensações

Há sentimentos no mundo que são indescritíveis com palavras, então os substituímos por resmungos, gritos e gemidos. Tentamos expressar nossas emoções com sons patéticos ou gritos agudos e estridentes. Seja a sensação dos lábios dele quando colidiam com os seus, como ondas na praia, ou a dor intensa e penetrante de ser empalado. Você percebeu que, com Elijah, muitas vezes ficaria sem palavras.

E estava bem com isso. Você gostava disso, mesmo. Muitas vezes achava que falar era fácil demais para você, e sempre ter algo a dizer nem sempre era a melhor coisa. Às vezes, suas palavras saíam antes que o seu cérebro lhes desse a aprovação, você tinha dificuldade em pensar antes de falar, e isso geralmente lhe trazia problemas.

Elijah te amava mais pelas palavras que foram pensadas, pelas conversas que os dois tinham, pelo modo como seu vocabulário era muito mais vasto do que sua idade usualmente implicava, como as perguntas que você fazia o faziam pensar, como seus monólogos sempre tiveram substância. Você era um livro que Elijah Mikaelson não conseguia esquecer, e era isso que ele amava.

Mas você também era humana; você era frágil. Tinha a boca de um leão e o corpo de um cordeiro. Às vezes, cercada pelas muitas criaturas - vampiros, lobisomens, híbridos, bruxas - você se esquecia disso.

Agora, seus ollhos cansados ​​e ​​ouvidos humanos tentavam ao máximo ignorar os uivos, enquanto o vento tentava lhe mostrar que algo estava errado, embora não pudesse se impedir de vagar para fora da casa nesta noite.

O que era pior da sua parte é que lhe pediram para ficar dentro de casa, que o ar fresco da meia-noite não era apenas desconfortável para você, mas desanimador para o seu namorado, Elijah. Ele estava preocupado, preocupado com algum tipo de pensamento ruim de que alguém estava atrás de você com má intenção, embora tivesse tentado muitas vezes tranquilizá-lo de que poucas pessoas sabiam da sua existência.

Mas mesmo que o ar tenha se misturado com uísque, ervas e decisões ruins na vida, isso não impediu que o cheiro forte de perigo penetrasse em suas narinas.

Todas as noites, desde que se mudara para Nova Orleans e voltara com Elijah, passava de dez minutos a uma hora sozinha, sentada no balanço branco da varanda, escrevendo em um diário. Você cruzava as pernas uma sobre a outra e se sentava de lado, deixando a brisa embalá-lo de um lado para o outro.

Quando começou a sair pela porta, com o diário em mãos, sentiu uma brisa rápida atrás de você e soube que o Original estava ali.

— Onde você está indo? – a voz rouca e baixa te perguntou. Você levantou uma sobrancelha e virou-se para ele. Estava usando uma calça de pijama xadrez, um regata branca na qual tinha uma mancha de vinho tinto e um roupão roxo como casaco. Seu cabelo estava em um coque bagunçado.

— Eu vou sair em uma noite na cidade, obviamente, Elijah. Eu não pareço tão sexy? – você brincou sarcasticamente. Os modos de Elijah não vacilaram, os lábios dele continuaram a se enrugar em linha reta. Você balançou a cabeça e revirou os olhos. – Estou indo para o balanço da varanda.

— Hoje à noite não, (s/n). – Elijah te negou, a mão firmemente colocada em sua bochecha esquerda. – Eu peço que você fique aqui dentro. – ele advertiu, as sobrancelhas severas franzidas juntas e seu lábio inferior instintivamente fez beicinho para ele. – Eu tive um mau pressentimento de que alguém poderia tentar te usar contra mim, como uma fraqueza. – Elijah explicou honestamente.

— As únicas pessoas que sempre souberam que eu existi estão em Mystic Falls travando suas próprias lutas. Eles não se importam com a gente. – você riu, referindo-se às pessoas que você conheceu, como os Salvatores e os Gilbert, ou a família Forbes. Você pensou em April Young e Matt Donovan. De vez em quando, você recebia uma mensagem de texto da Bonnie, perguntando como estava indo; e você sempre respondia com algo tipo "melhor" com um emoji piscando.