• Kol | Humanidade

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Kol Mikaelson sempre disse que gostava da emoção de ser um bruxo. Ele gostava do poder que isso dava a ele, ele gostava de ser uma criança prodígio. Mas isso foi antes de sua mãe transformá-lo em um vampiro. Antes que ele perdesse tudo.

A dor que ele sentiu era algo que ele nunca desejaria a outra pessoa. Ele não deseja nem que seu pior inimigo em todo o mundo experimentasse essa perda. Esse vazio.

Então, quando isso aconteceu com (s/n) (s/s), a jovem bruxa que ele sempre amou de longe, ele estava em descrença.

Quando ela descobriu como desligar a humanidade, ele não sentiu nada além de culpa.

— Bem, ela fez aquilo. – Klaus invadiu a sala, os olhos flamejantes com o fogo que seus inimigos passaram a temer. Era um fogo compartilhado entre todos os Mikaelsons, um que uma morte rápida extinguiria. – A (s/n). Ela desligou a humanidade, e tenho certeza de que metade do Quartel deve correr para salvar suas vidas.

Kol ficou atordoado. Em qualquer outro momento, ele provavelmente teria rido, mas desta vez... Desta vez era ela.

Não havia nada para rir.

Elijah ficou de pé. Depois de Kol, ele era o melhor amigo de (s/n). Eles tinham um interesse em comum por livros e música, e ambos tinham a capacidade de permanecer calmos mesmo nas situações mais terríveis.

Essa era uma das muitas coisas que Kol amava sobre ela. Não que ele tenha dito a ela.

Ele quase disse naquela noite. Naquela noite, quando ele a curou com seu sangue. Ela parecia tão pacífica, com os olhos abertos, revelando a linda cor deles.

Ele teria dito a ela que ele a amava se ela não estivesse morrendo.

Claro, na época, ele não sabia que ela estava. Ele não sabia que curá-la faria com que ela se transformasse. Que ela perdesse tudo o que ela amava.

Que ela fizesse isso.

Kol se juntou a seus irmãos, o olhar de culpa tão evidente em seus olhos.

— Eu acho que nós temos que fazer alguma coisa.

Klaus se virou para ele.

— E o que, exatamente, você sugere que façamos? Afinal, Kol, isso é sua culpa. Você a transformou. Você nos fez perder nossa amiga.

O fogo nos olhos de Klaus se espalhou para os de Kol, no entanto, isso não desapareceria com a simples ação de arrancar um pescoço ou arrancar um coração de um peito.

Não desapareceria com os dentes no pescoço de algum cidadão desavisado.

Não desapareceria até que ele recuperasse a (s/n).

Ele a encontrou em seu quarto, sentada em sua cama, olhando fixamente para a parede. Ele não se incomodou em bater.

Seus olhos encontraram os dela e a expressão o feriu. Não havia alma, nem vida, apenas vazio.

— Ah, olha só... É o homem que arruinou a minha vida.

Isso doeu.

— (S/n), eu...

— Você o que? Você veio me dizer que eu preciso ligar minha humanidade novamente? Porque o Klaus já tentou. Obviamente, não funcionou, então não perca seu tempo.

Ignorando os comentários que feriam o coração dele, que pareciam estar prestes a se dividi-lo em dois, ele se sentou na cama ao lado dela.

— Que diabos...

— Cale-se.

— O que acabou de dizer para mim?

— Eu disse, cale-se (s/n). Agora, eu te transformei, você está ligada a mim e você vai me ouvir, ok? A menos que queira estar na ponta de uma estaca de madeira.

Quando as palavras saíram da boca dele, ele pôde sentir a rachadura em seu coração imortal se alargando. Ele nunca diria coisas assim para ela novamente. Ele não suportava ser um monstro para ela.

Mas assim que as palavras seguintes fluíram, o mesmo aconteceu com as lágrimas de Kol Mikaelson.

— Eu não quis te transformar. Eu não sabia que você estava morrendo. E você também não, então eu não estou te culpando por isso, ok? Eu sei como é. Como é perder seu poder. Perder tudo o que você pensou que fazia de você... você. Mas isso não te faz menos você, ok? Eu aprendi da maneira mais difícil que o que nos faz é a nossa escolha, e isso... Isso não é uma boa escolha. Então você quer ser você? Você quer ser a boa pessoa que eu sei que você é? Você precisa ligar a humanidade novamente, (s/n).

Ela ficou em silêncio por um momento, com um olhar de intriga no rosto ao tremor na voz dele e as lágrimas ainda escorrendo pelas bochechas dele. Ela estava tão silenciosa que ele achou que havia funcionado.

Ele estava errado.

Ela riu.

— E por que diabos você se importa? Você não é Kol Mikaelson? O maníaco psicótico?

Pronto. Já chega.

— Me escuta, (s/n) (s/n). Acredite ou não, eu realmente me importo com o que acontece com você. E você sabe porque? Você sabe porque eu te salvei? Sabe porque me sinto tão culpado por essa coisa toda? É porque eu amo você. Eu estou apaixonado por você. Eu te amo, (s/n) (s/s).

E então, ele só pensou em uma coisa.

Que se dane.

Ele agarrou o rosto dela em suas mãos, beijando-a com uma paixão tão intensa que ele se sentiu tonto. Então essa era a sensação de beijá-la.

Era perfeito. O jeito que ela ficou chocada no começo, o jeito que ela se derreteu nele, o jeito que ela o beijou de volta com tanta tenacidade.

Ele se afastou, lamentavelmente. Havia algo que ele precisava fazer primeiro.

— Ligue sua humanidade novamente.

E balançando a cabeça, ela fez isso.

— Você me ama? – foi a primeira coisa que ela disse.

Ele assentiu, sorrindo e roçando o polegar contra a bochecha dela.

— Eu amo.

— Eu também te amo, Kol Mikaelson.

Ele sorriu, a alegria que sentiu era algo que não sentia há muito tempo. Ele se inclinou para beijá-la novamente, quando sentiu uma presença na porta.

Virando, ele viu seus irmãos, sorrindo.

— Eu vejo que você a trouxe de volta. – afirmou Elijah, com um sorriso quase tão grande quanto o que parecia agraciar o rosto de Kol.

— Estou de volta. – (s/n) saltou, puxando Elijah e Klaus em um abraço.

Entre as desculpas murmuradas e lágrimas de (s/n), Kol ouviu seu irmão híbrido sussurrar uma coisa para ele. Algo que ele nunca pensou que ouviria.

— Muito bem, irmãozinho. Bom trabalho.

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CRÉDITOS: kmikaelsonimagines no Tumblr. Traduzido por mim!

Espero que tenham gostado desse imagine! Aliás, só tem mais 10 capítulos para chegarmos ao final desse livro hein... Também estou triste por estar acabando 😢 


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