Acordar cedo sempre fora meu forte, levantar e pensar sobre como o dia seria era algo que eu sempre fazia, sim, fazia, no passado. Atualmente estou mais acostumado a levantar cedo, ir comer qualquer coisa, pegar minha mochila e sair por ai atoa até der o horário da minha aula. E hoje não foi diferente. Exceto pelo fato de ver um herói atravessando a rua com um sobretudo, eu, pelo que percebi, fui o único a notar que tinha um herói escondendo seu rosto e atravessando a rua indo em direção a um beco. Peguei o 14 caderno e fui até a 24ª página olhando com cautela os defeitos daquele em específico, ele literalmente estava no fundo do poço na carreira, na minha opinião é claro. E como qualquer curioso e sedento por conhecimento, o segui.Entrei no beco com cuidado, não era tão grande, mas mesmo sendo de manhã, era escuro o que me assustou um pouco. Segui caminho me escondendo nas latas de lixo, e então o vi, optei por ficar distante.
— Trouxe o que eu mandei? —falou cuspindo as palavras, me aproximei um pouco mais com cautela para ver quem estava ali. Ah Izuku, essa sua curiosidade vai te matar algum dia!
— T-Trouxe, s-senhor! —falou, olhou bem para a pessoa, tinha cabelos longos e olheiras, um corpo bonito e usava um jaleco. Ela pegou um saco e o colocou na frente do corpo direcionando para ele, onde mesmo de onde eu estava, que era bem longe, dava pra ver que ela tremia.— A-Aqui está! —ele puxou o saco com grosseria. Peguei meu caderno e escrevi sobre tal ato. Ele abriu o saco e torceu o nariz.
— Só tem isso? —perguntou bruto me deixando cada vez mais curioso para ver o que tinha dentro daquela sacola plástica.
— D-Desculpe, n-não pude p-pegar mais! —disse se curvando com medo transbordando.
— Sua... inútil! —gritou dando um tapa na mulher tão forte que a fez cair no chão com o impacto. Por um momento fiquei indignado com ela, afinal, ela com certeza tem individualidade, por que está se deixando ser agredida assim tão facilmente, e por que está tão obediente para ele? Ela é burra é? Ah é, tinha esquecido, todos os humanos são.
Mas então fiquei com nojo do herói.
— Sua sem individualidade inútil! Deveria ser mais obediente! Não me importo se não conseguiu! Minha vida depende disso, e a sua também! Imagina se seu marido descobre anh? —cuspiu as palavras com certa raiva. Chantagem han, além do mais, se ela é sem individualidade por que logo você, um herói, está fazendo isso? Seu trabalho não é proteger os fracos? Então, ela é todos os sem individualidades são os mais fracos!
E então, ouvi os beeps imaginários, eu estava explodindo.
Levantei do meu esconderijo, e então peguei um cano qualquer e bati com uma força que nem eu sabia que tinha, e acabei amassando a lata de lixo da qual acertei. O herói me olhou com uma cara supresa e a mulher me olhava com esperança, anh? Esperança em mim? Serio, esperei longos 15 anos pra só agora alguém me olhar assim.
— Aí, quem você pensa que é? —falei vendo ele me encarar.
— Sou um...herói? —falou, ele está desacreditando na minha presença? Isso e serio?
— Eh? E o que estava fazendo com ela? —perguntei.
— Ah sim, Eu estava passando e vi essa mulher! Parece que ela acabou de ser atacada por assaltantes, não encontrei eles então estou aqui ajudando ela.
— Eh? Legal, você se chamando de assaltante, deixa eu anotar? —falei irônico.
— Não, eu não estou me chamando de assaltante, acho que houve um mal entendido aqui garoto. —falou, que ótimo ator.
Ódio, e raiva. Agora eram mais beeps.
— Então eu acho que me enganei. —menti— Alias senhor herói, pode me dar um autógrafo? —perguntei sem tirar os olhos dele.
— Claro! —respondeu. Olhei pro chão e vi um caco de vidro grande e afiado. Me abaixei para pegar minha mochila e peguei um caderno todo queimado, e isso lembrou dele, kacchan, pegue o caco discretamente e fui até o herói, virei o caderno pra ele quando ele foi pegar a caneta, meu braço já se encontrava enfiando um grande caco de vidro em seu pescoço. Olhei pra mulher que me olhava aterrorizada.
— Olá, eu também não tenho individualidade, e não suporto pessoas que têm uma e não a usa do jeito certo, vamos ser amigos, alguém pode passar aqui e chamar a polícia, só siga meu fluxo! —falei.
E esse foi o meu primeiro assassinato de pessoas não dignas de estar na categoria herói.
Eu já estava incrivelmente atrasado, corri como se minha vida dependesse disso, virei na esquina e entrei no prédio, apertei o botão do elevador milhares de vezes, olhei pro meu celular para ver a hora, sem paciência eu corri pelas escadas de emergência até o 6 andar, abri a porta com um pouco de força, respirei fundo e entrei encarando o semblante preocupado da minha mãe após ver minhas roupas encharcadas de sangue.
— Cheguei cedo! —falei tentando recuperar o fôlego.
— Izuku! —gritou vindo em minha direção. Ela logo começou a fazer milhares de perguntas, então contei tudo o que tinha acontecido, do mesmo jeito que expliquei para os policiais, e alguns heróis que estavam presentes. Disse que eu estava caminhando por ai como sempre fazia antes das aulas, até que ouvi um barulho num beco, quando percebi eu tinha sido puxado lá pra dentro e então um assassino matou o herói bem na minha frente e na frente daquela mulher. Minha mãe pareceu mais aliviada a ver que o sangue naquele uniforme não era meu.
Tirei as roupas ficando apenas com um calção que tinha por perto,sem minha mãe ver,tirei aquele caco cheio de digitais minhas de dentro do bolso e escondi, e logo minha mãe levou as roupas para lavar, subi as escadas e fui em direção ao meu quarto, abri a porta e fui em direção ao meu banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água morna levar meu cansaço.
Eu acho que matar uma pessoa, não, um herói seria um ótimo motivo para ter um surto dentro do banho, e claro, com direito a paranóias sobre a polícia descobrir que foi eu. Mas eu não estava me sentindo ruim, eu está até bem, como se isso fosse um remédio para meus surtos emocionais, e eu sabia que precisava de mais daquele remédio, eu precisava, para o bem da humanidade.
-_-_-••-_-_-
Não se acostumem com dois capítulos no mesmo dia!
Miya-
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Os beep's de uma bomba interna [DEKU VILÃO] [TODODEKU]
FanfictionMidoriya Izuku está cansado dessa sociedade onde pessoas com individualidades estão nos melhores cargos. Ao se inspirar com o anti-herói, Stain, Midoriya começa a pensar mais sobre os heróis, e acaba com a mesma ideologia de Stain. A única coi...