Midoriya Izuku.

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   Surtos, minha vida sempre foi movida por surtos, seja de raiva, ansiedade, felicidade, tristeza... qualquer coisa, eu sempre vou acumular tudo com um sorriso bobo, e no fim, vou acabar explodindo criando mais problemas e mais motivos para surtos futuros.

  Graças a minha infância conturbada pelo fato de não ter um pai presente, um garoto de cabelos marfim me agredindo e me rebaixando todo o dia, a falta de individualidade, e varias outros fatores me fizeram assim, um garoto com uma casca e uma bomba por dentro que pode explodir a qualquer momento.

  As individualidades são consideradas por mim como bênçãos, onde quem é digno de tal poder seja bom ou inútil, merece um mérito por ter esse poder, e pensamentos assim apenas me rebaixavam mais ainda, não é minha culpa se eu só queria ter um poder, nem que seja pior que o da minha mãe, pra tentar fazer algo que eu gostava nos meus momentos lúcidos e sem explosões de emoções, que seria ajudar os outros, ajudar do jeito que eu não fui ajudado.

  O fato de não ter um pai presente também me prejudicou um pouco, ainda mais quando descobri que eu na verdade era um fruto de dois melhores amigos que ficaram bêbados numa festa de casamento, isso me faz pensar, se eles estivessem sóbrios, eu nasceria? Ou será que sou apenas algo que se resultou num descuido de duas pessoas bêbadas? Isso, por mais simples que pareça pra você me rebaixava de uma forma estrondosa.

  Sabe quando você está entediado então simplesmente liga a televisão em qualquer canal para se distrair? Então, esse simples ato numa noite normal de quarta me fez o que sou hoje.

  Eram filmagens um pouco tremidas, filmavam o chão, mostrando um homen que segurava uma faca e um monte de armas cortantes bem posicionadas pelo corpo, tinha uma máscara semelhante a um simples pano vermelho rasgado de uma camisa qualquer, sua forma em si era um pouco medonha, de primeira achei que seu corpo deformado era graças a sua individualidade, mas não tem muito sentido o poder de paralisar as pessoas após tomar um pouco do sangue delas retirar seu nariz e fazer de você um "você sabe quem" da vida. De fundo tinha uma voz feminina, e o som das rajadas de vento batendo contra o possível helicóptero.

  — Estamos ao vivo —anunciou a repórter— Logo ali embaixo podemos ver Stain, o assassino de heróis. Um anti-herói —falou— infelizmente graças às medidas de segurança, não podemos nos aproximar para saber sobre o que eles falam lá embaixo! —a câmera deu um zoom quase imperceptível e mostrou Stain segurando um garoto o salvando de um mostro que continha metade de seu cérebro pra fora, deu para ver ele gritando algumas coisas e logo sua máscara caiu. Então os heróis presentes se afastaram um pouco. A repórter soltou um som com a boca como se estivesse estranhando, e lá embaixo estava o assassino de heróis paralisado com o garoto jogado no chão logo atrás dele.— Ah... já voltamos com mais informações, Misaki-san —falou a repórter, e então a tela trocou mostrando uma mulher como cabelo preso num coque alto com roupas formais começando a falar sobre o caos que estava tendo na cidade com mais daqueles seres com metade do encéfalo pra fora, e então, veio o comercial.

  Eu estava um tanto chocado com aquelas cenas. Me levantei do sofá e fui pegar algum lanche, e logo voltei para ver se vinham mais informações sobre o tal Stain. Peguei o celular e abri o Google pesquisando sobre ele. E então o noticiário voltou.

  — Já recebemos mais informações sobre o Stain, e as testemunhas estão prontas para falar sobre o acontecido. Aparentemente as vítimas eram aspirantes de heróis, e estudantes do curso de heróis da Yuuei. É com você, Mika-san —falou a mulher passando para outra repórter, sua voz parecia com a mulher do helicóptero então presumi que eram a mesma.

  — Olá, bom, os alunos não foram permitidos de mostrar os rostos. —ela caminhou um pouco com a câmera seguindo o caminho, e então parou em frente à alguém com um borrão no rosto me impossibilitando de ver quem era.— Então, sobre o que discutiam lá? —questionou a moça.

  — Ele estava falando que nenhum herói era digno de ser de fato um herói —mesmo com sua voz modificada pude perceber que era um garoto, ele movia os braços fazendo muitos e muitos gestos.— E que o único digno era All Might. —terminou e logo continuaram com o diálogo de perguntas e respostas.

  Mas, quando o ouvi dizer que nenhum herói era digno de tal trabalho exceto a figura da paz. Fiquei um tanto que curioso, essas palavras não saíram da minha cabeça até eu começar a fazer um novo livro. Um livro cheio de defeitos.

  Comecei com um herói qualquer que vi passando na televisão, e então comecei a listar todos os seus defeitos como herói, e então, depois de completar 13 cadernos e meio percebi que, nenhum deles de fato prestava, eram só pessoas com fantasias e individualidades que as utilizavam para deter a violência com violência. Era uma perda de tempo. E agora que Stain saiu do ramo, afinal ele está morto, alguém teria que seguir seu trabalho.

  Esse foi o pensamento que tive, e esse pensamento me transformou.







-_-_-••-_-_-

  Eu tive a ideia dessa história do nada, eu já tenho alguns capítulos prontos, e essa fic sera bem longa. Então, espero que gostem.

Miya-

Os beep's de uma bomba interna  [DEKU VILÃO] [TODODEKU] Onde histórias criam vida. Descubra agora