PRIMEIRO LIVRO.
A história de Ana precisa ser contada.
Em meio a um relacionamento abusivo ela se encontra sem saída e precisa de ajuda.
Será que Ana vai conseguir se livrar das amarras de um amor tóxico?
Baseado em fatos reais.
Quando enfim a segunda se inicia já estou cheia de ânimo.
Faço todas as minhas atividades sem precisar ouvir os pedidos de minha mãe, arrumo muito bem a casa e vou para a escola.
Ao entrar dou de cara com Cristian que já se aproxima buscando meu beijo.
Me esqueci completamente de Cristian. Mas não podia mais estar com ele, agora eu sou comprometida, mas como contar.
Eu: Calma Cristian.
Digo o afastando com as mãos em seu peitoral.
Cristian: Oque foi gata?
Cristian parece confuso, nunca o recusara antes.
Eu: Precisamos conversar. Tenho que te contar uma coisa, mas pode ser após as aulas. Precisamos entrar.
Digo já o puxando pela mão sem esperar sua resposta.Não podia ficar na porta da escola onde todos poderiam me ver, inclusive Henrique.
Adentro a sala de aula e me sento mais a frente, como era da "galera do fundão" e me sentava ao lado de Cristian tentei evita-lo. Precisava pensar em como não perder um amigo. Sabia que não tínhamos nada sério, mas já ficávamos à mais de 6 meses. Então tinha que ser cautelosa.
As aulas acabam, e chega rapidamente o intervalo.
Cristian me puxa pelo braço e tenta me beijar novamente.
Cristian: Estou com saudade, passei o final de semana sem seus beijos.
Diz e já tenta me beijar, eu o afasto novamente e começo a explicar.
Eu: Cristian eu não posso mais ficar com você.
Ele parece não acreditar, ou não me leva a sério.
Cristian: Ahh é? Não pode ? Vem aqui minha branquinha, to louco por um beijo.
Me irrito e tento explicar em alto e bom tom.
Eu: CRISTIAN PARA! É sério, não posso mais ficar com você. Eu estou namorando.
Ele surpreso indaga.
Cristian: Oque ? Como assim ? Com quem?
Ele parece surpreso e confuso com minha confissão.
Eu: Com um rapaz que eu conheci, amigo de uma amiga. Não foi nada programado, ficamos e ele me pediu em namoro.
Cristian: É pra valer então?
Pergunta já com seu olhar entristecido.
Eu: Eu acho que sim Cristian, eu quero tentar. Ele me parece boa pessoa.
Percebo que rapidamente ele se afasta e parece confuso.
Cristian: Ana, eu nunca quis namorar você sabe. Mas se fosse pra escolher alguém eu também escolheria você.
Fico surpresa com sua declaração, Cristian nunca foi de falar em sentimentos ou intenção. Nossa comunicação era basicamente atrás de beijos e abraços.
Eu: Obrigada meu lindo.
-Me sinto bem ao ouvir aquelas palavras,Cristian era um cara que todas queriam ter ao lado.
Cristian: Quer dizer que o cara vai até sua casa ? E seu pai vai deixar?
Percebo que sua intenção era me deixar com uma pulga atrás da orelha, e funcionou.
Eu: Vai sim! Eu acho.
Digo revirando os olhos.
Ele sorri e sei que não se deu por vencido.
Cristian: Eu quero o último beijo Ana.
Eu também queria. Seria nossa despedida.
Eu: Último! Promete que vamos continuar sendo amigos?
Seguro sua mão e tento uma resposta sincera.
Cristian: Ana eu fico com você por gostar de você, da sua companhia. Não só por causa de beijos. Isso em qualquer lugar eu tenho. Eu gosto de você. Após isso eu gosto de beijar você.
Aquela sem dúvida era a coisa mais linda que já ouvira de Cristian.
Eu: Que bom, também gosto muito de você, não quero perder sua amizade nunca.
Cristian então se aproxima e me beija com paixão. Seu beijo era gostoso, suave e doce.
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Sei que será difícil esquecer.
Ao final do beijo, nos abraçamos e ficamos assim por uns instantes. Todas as lembranças vieram em minha mente. Todas as vezes que me senti carente ele estava lá por mim. Todas as vezes que precisei de um ombro amigo e ele correu para me socorror. Sem dúvida ele era meu amigo de verdade.
Ao término daquele abraço, nossos olhos estavam cheios d'agua e senti que havia grande sentimento da parte de Cristian, mas a imaturidade não o deixava perceber.
Seguro sua mão, e seguimos caminhando até o portão, lado a lado e nos despedimos.
Sorte a minha em ter um amigo assim.
Esperei por Carla por uns minutos, mas não fiquei até ela chegar. Precisava ir para casa, pois hoje, após a conversa com meu pai, eu teria enfim um namorado.
Sigo para casa em passos largos, e ao chegar meu pai percebera meu entusiasmo.
Pai: Calma menina, vamos só conversar hoje.
Mesmo sabendo que poderia sair algo ruim, eu permanecia com esperança.
Me apronto e fico na sala à espera das 19:00hs, os minutos pareciam demorar mais que qualquer outro dia.
Enfim chega as 19:00hs. E agora, como será essa noite ? Espero cheia de dúvidas. Mas com muita esperança.