COAÇÃO

124 18 0
                                    

Na manhã seguinte, tento disfarçar a tristeza ficando mais reclusa, minha mãe sabia que isso era uma tática para fugir dela, e de seus questionamentos.
Mãe: Filha, porque está assim?
Tento disfarçar.
Eu: Estou normal mãe, são as provas que me preocupam.

Arrumou minhas coisas e sigo para escola. Sem a companhia de Carla, não estava se sentindo bem, e preferiu ficar em casa.

No caminho, ao passar em frente à padaria, vejo a mesma loira da pizzaria. Ela estava saindo, e ao me ver, abaixou sua cabeça, como se quisesse disfarçar.
Isso me deixou ainda mais intrigada. Fui até ela, e sem perceber já estava a questionando.
Eu: Hein, de onde você me conhece?
De onde conhece meu namorado?
Ao perceber que minha voz estava embargada, a loira me puxa pelo braço e me leva até a calçada, como se quisesse esconder algo de alguém.
Loira: Não, não te conheço.
Quanto ao seu namorado, perguntar para ele.
Ela sobe em sua moto saindo em disparada. Me deixando ainda mais confusa.

Sigo para escola, e meu coração continuava me dizendo que tinha algo de errado.
Não consigo me concentrar nas aulas, e para piorar, era dia de provas.
Certamente minhas notas estavam péssimas.

Ao término das aulas, não sabia se queria encontrar Henrique no portão de escola a me esperar, não sabia que você iria me reação.
Seguir para portaria com coração na mão, e para minha tristeza, a visto ao longe o carro de Henrique.
Siga até ele como a frieza no olhar.
Henrique: Ei amor!
Disse segurando minhas mãos.
Eu: Oi Henrique!
Não consigo disfarçar.
Henrique: Aconteceu alguma coisa Ana?
Certamente não sabia do meu encontro com a loira.
Eu: Sim tudo bem, uma coisa que tá me entregando Henrique.
Ele me olha desconfiado.
Henrique: O que foi dessa vez Ana?
Eu tentava de toda forma esquecer aquele encontro mas não conseguia.
Eu: Eu me encontrei com sua amiga.
Ele parece não entender.
Henrique: Que amiga Ana? Rebeca?
Com muito ódio no olhar, digo sem considerar a para a paz programinha muito bom não não satisfação respirar.
Eu: Não henrique, não é Rebeca, é aquela sua amiga loira que estava na pizzaria.
Seu olhar esfria, e já não consegue disfarçar sua raiva.
Henrique: Ana esse assunto de novo?
Você não cansa?
Se continuar com isso, vou embora e te deixo aqui.
Sem pensar duas vezes me afasto e sigo andando.

Henrique vem atrás de mim com o carro, dando vários buzinadas. Finjo não ouvir. Sigo meu caminho de cabeça erguida. Até bruscamente para o seu carro, e  aparece na minha frente. Sua expressão, estava totalmente diferente.
Então me segura pelo braço, com muita força e me joga para dentro do carro. Não consigo me soltar.
Henrique rapidamente bate à porta,  e da volta para entrar. Nesse meio tempo passaram tanta coisa da minha cabeça, no que estava se transformando, o quê deixando ele fazer comigo.
Ao entrar no carro, Henrique salta seguinte frase:
Henrique: Ou você para por bem, ou por mal.
Já estou farto de você vir com esse ciúme louco.
Tento o  acalmar, mas parecia estar perturbado. Não sei, parecer outra pessoa.
Ao ouvir aquela frase, sinto meu coração apertado. Aquele não era o namorado que eu escolhi para mim.

Henrique acelera, e segue para uma pista que fica de frente à praia, pouco movimentada. Então acelera mais um pouco, a única sensação que consigo sentir e medo.
Então ele olha para mim e diz:
Henrique: Ana vamos parar de brigar por favor, eu te amo e você me ama, não tem motivos para gente brigar.
Percebendo sua aflição, eu concordo e peço para me levar para casa.
Eu: Tudo bem amor, me desculpe. Sou uma boba mesmo, sou muito infantil. Vamos  para casa porfavor, estou cansada da escola.
Sinto que Henrique se acalma, e a velocidade do seu carro diminui. Fazendo o retorno, e me levando para casa.
O alívio ao chegar próximo de  casa era grande. Pude ver minha mãe estendendo roupa na varanda. Enxugou minhas lágrimas, e tento não demonstrar meu sofrimento.
Minha mãe sorri e acena para nós, Henrique  acena de volta.
Assim até parece um genro perfeito.
Minha mãe se debruça na varanda, e o convida para subir.
Prontamente Henrique aceita.
Lá estávamos nós, sentados ao lados de meus pais.
Disfarcei ao máximo minha dor. Mas minha vontade, era de contar tudo que  Henrique fizera comigo.
Porém mais uma vez me calei, sabia que a situação fugiria do controle caso do meu pai soubesse.
Henrique também não demorou muito foi embora, para minha alegria. Quem Diria, aquele homem que eu estava brigando para tirar o meu lado, se transformou no homem que eu queria ver  pelas costas.

Foram-se passando os dias, e Henrique voltou a ser um bom namorado que eu amava.
Estava super carinhoso, gentil, e tive a certeza que ainda o amava. Meu coração ainda disparava quando o via.

Seis meses depois.

O INÍCIO DA METAMORFOSE 🦋💜Onde histórias criam vida. Descubra agora