BLOQUEIO

187 16 7
                                    

Após mais de uma hora, Henrique volta do banho, e eu estou exatamente na mesma posição em que ele me deixara.
Ao abrir a porta, ele me olha fixamente, e sem entender questiona:
Henrique: Ana porque não para de pensar bobeiras.
Não fiz nada demais. Vamos esquecer isso tudo, por favor.
Estou morrendo de saudade de você meu amor.
Diz se aproximando,e buscando meus lábios com os seus.
Eu: Henrique estou muito chateada com você. De verdade!
Ele me olha, e sua pergunta ao sair do quarto não sai de minha cabeça.
- Será que eu consigo algo melhor que ele?
Não estava muito preocupada em encontrar ou não outra pessoa no momento, até porque queria distância de outro relacionamento tão cedo. Mas a questão era, será que estou exigindo demais, será que estou cobrando demais de Henrique.
Esses eram meus  monstros internos.

Henrique se aproxima um pouco mais, e seu cheiro pós-banho acalenta meu coração. Eu adorava aquele cheiro, e senti falta de senti-lo mais de perto.
Henrique se aproxima um pouco mais e me abraça apertado. Aquele abraço me faz bem.Ele sente que estou mais calma e me beija apaixonadamente.
Seus dedos entrelaçam em meu cabelo, bagunçando minha trança. A outra mão, caminha por meu corpo já subindo minha blusa. Sinto seu polegar acariciar meu meu mamilo e logo vem o arrepio. Coloco minha mão sobre a dele tentando parar, mas a sensação era ótima então repouso minha mão sobre a dele sem forçar. Senti arrepios em lugares inimagináveis.
Sua boca foi caminhando lentamente até meu pescoço, ele o beija e meus pelos acompanham seus beijos se arrepiando. Ele segue seus lábios macios até meu ouvido, e  ouço  sua voz rouca dizendo:
Henrique: Eu te quero Ana. Eu te quero agora.
Isso me levou ao céu.
Ele percebe que estava me provocando e  continuou.
Henrique: Você também quer gostosa, você vai ser minha hoje.
Aquelas palavras me assustam, mesmo com as  sensações  sendo perfeitas, eu não estava pronta para chegar ao fim. Não queria me entregar logo após uma briga. Ainda estava chateada, mesmo que estivesse com tesão e vontade de me entregar. Eu sabia que o arrependimento viria, então tento me soltar.
Eu: Não, ainda não!
Digo tentando parar seus lábios que insistem em penetrar minha boca.
Henrique para,  olha no fundo dos meus olhos e continua a me beijar.
Eu: Henrique, não!
Digo um pouco mais alto, mas meu pedido era totalmente ignorado.
Ele desce sua mão direita, e desabotoa minha calça, tento me soltar. Mas era em vão, muito mais forte que eu, Henrique tinha o total controle da situação.
E sabendo disso ele não me deixava para-lo. E continuava com suas investidas.
Henrique: Então vamos brincar um pouquinho amor, só um pouquinho.
Diz puxando minha calça para baixo e segurando a alça lateral da minha calcinha.
Eu: Ainda não por favor!
Digo segurando sua mão.
Estava ficando com medo, ele não me ouvia, e não parava de me beijar.

Suas mãos deslizavam por todo o meu corpo, e às vezes, descia até o meu sexo.
Henrique: Ana, eu quero muito você. Eu te amo!
Diz acariciando minha calcinha tentando buscar algo à mais.
Tento segurar o choro, não queria fazer papel de criança, ou de descontrolada, mais uma vez. Mas algumas lágrimas rolam, sem que eu pudesse com conte -las.
Eu: Por favor, assim não. Eu quero que seja especial.
Tento convercer a parar e programar o dia especial para que aconteça.
Eu: Amor, eu quero que seja com você, mas não assim.
Não tinha outra saída a não ser prometer que seria com ele. Já estava entrando em desespero, pois sabia que se ele quisesse, ele teria minha virgindade naquele momento e ninguém chegaria para me salvar.

Henrique se acalma, seus beijos estão mais lentos, segura em meu rosto, respira fundo por três vezes e diz:
Henrique: Quando então amor.
Quando terei você para mim?
Aquela realmente era uma pergunta a qual eu não teria resposta.
Mas não podia deixá-lo sem dizer nada. Precisava tentar convencê-lo a me deixar ir embora intacta.
Penso, e tento persuadi-lo.
Eu: A gente pode ir para casa de praia dos seus pais, só nós dois. Podemos falar com os meus pais, que seus pais vão junto com a gente. Com certeza assim eles me deixam ir.
Henrique para, serra os lábios, e concorda.
Henrique: Boa ideia amor, vai ser um dia especial romântico.
Vou conversar com os meus pais para o próximo final de semana eles ficarem por aqui.
Sinto o frio na barriga, mas preciso concordar.
Eu: Isso amor, isso mesmo!
Digo me ajeitando, e vestindo minha roupa.
Henrique me leva para casa, eu subo e vou para o banho e lá eu consigo chorar todo o choro que estava contido em meu peito.

Deixo a água cair em minha cabeça e penso que teria que me entregar à Henrique em uma semana.
Não seria fácil, já que eu sempre bloqueava na hora. Mas não tinha saída, ou não conseguia pensar em uma.

O INÍCIO DA METAMORFOSE 🦋💜Onde histórias criam vida. Descubra agora